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PATRÍCIA HENRIQUES FAZ SUCESSO COM OBRAS QUE UNEM CERÂMICA, AFETO E BELEZA

A artista escolheu a cerâmica como meio de trabalho e expressão, tendo sucesso nas vendas de suas criações, tanto em seu ateliê, em São Paulo, quanto na internet.

Obras de Patrícia Henriques - Arte sobre fotos de acervo pessoal
Obras de Patrícia Henriques - Arte sobre fotos de acervo pessoal

Formada em Artes Plásticas pela Unesp, Patrícia Henriques já trabalhou com educação em museus e empresas, até que a cerâmica ganhou um espaço que era inegável em sua filosofia de vida. Com criações que demonstram um apreço imenso pela natureza e pelas relações humanas, a artista tem lidado cotidianamente com encomendas diversas Brasil afora. Os clientes que buscam seu trabalho estão atrás também de conexões com possibilidades de histórias bonitas, cheias de afetos positivos e que se transformam nos lares, seja como itens utilitários (xícaras, pratos e canecas) ou com artigos de decoração que ganham diferentes usos e diferentes significados


Desde a graduação em 1996, o tridimensional sempre foi sua predileção e a cerâmica ocupou esse espaço de preferência, aliado às temática da fauna e flora, presentes em seu trabalho, bem como o uso da palavra em alguns objetos. A experiência que obteve com trabalhos em museus e instituições culturais em São Paulo, como educadora – Liceu de Artes e Ofícios, Pinacoteca do Estado, MASP, Mab-Faap, Itaú Cultural, Fundação Bienal e Galeria da Fiesp auxiliaram nessa observação que tem sobre o público. A experiência da artista é larga. Já participou da equipe curatorial do Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura (2019), pela Fundação Catarinense de Cultura., foi contemplada pela Lei Cultural ALdir Blanc em 2020 e recebeu em 2023 o certificado de mérito artístico pelo 9° Luxembourg Art Price.

Patrícia Henriques - Reprodução: Internet
Patrícia Henriques - Reprodução: Internet

Atualmente ela trabalha em seu ateliê de cerâmica, no qual se dedica à produção de peças utilitárias e objetos escultóricos. Periodicamente, realiza workshops, cujos temas transitam entre ancestralidade, comensalidade e história das artes. 

Patrícia Henriques - Reprodução: Internet
Patrícia Henriques - Reprodução: Internet

Conheci seu trabalho por meio de um presente que chegou em meu lar no mês de novembro. Um par de xícaras da coleção "Beba que te escuto" - peças lindas onde as alças são orelhas. Isso mesmo: autenticidade gritando! As visitas que tomam chá ou café aqui em meu lar se encantam de imediato e isso serviu de estímulo para que o Portal Conteúdo entrevistasse a criadora.


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Há uma literatidade em suas obras que faz com que o público se identifique e queira adquirir uma peça que tenha a ver com sua rotina e sua filosofia. Você produz tudo em sua casa e isso é explícito pra quem te segue. Revelar como se faz até anunciar a peça pronta no catálogo gera um engajamento e um entendimento sobre toda a complexidade da produção. Isso é é proposital? Patrícia Henriques Eu estava num ritmo de trabalho muito intenso e decidi comprar um forno de cerâmica. Foi quando comprei meu forno que entendi que eu era dona das minhas vontades. Não dá pra ser costureira sem uma máquina de costura e não dá para ser ceramista sem um forno de cerâmica. Então coloquei esse forno dentro de casa para poder criar do meu jeito. E conforme as criações foram surgindo eu passei a ocupar as paredes da minha casa com as peças que nasceram. Essa parte da literalidade se dá porque quando crio uma bandeja para ovos eu crio, literalmente, uma bandeja para ovos. Eu mostro as fases de criação. O público entende a proposta e gosta. Isso serve pra quase tudo.

Patrícia Henriques - Reprodução: Internet
Patrícia Henriques - Reprodução: Internet

Portal Conteúdo Em seu catálogo, há uma coisa curiosa: uma aba intitulada "Objetos com Pássaros" e isso abre margem para a pessoa usar a cerâmica como um suporte, um vaso de planta, um pote para temperos ou um artigo decorativo. Você dá ao público a opção de adquirir e fazer com a obra o que se quer.


Patrícia Henriques

Quando eu comecei a fazer os meus trabalhos a escuta sempre se fez presente. Meu trabalho não anda só com as minhas vontades. A pessoa que visita meu ateliê e quer uma peça para a casa dela conversa comigo sobre o que pensou e isso é um estímulo pra que eu possa criar. O trabalho depende do outro, depende de como o outro vai enxergar minha obra e o trabalho, por vezes, se torna muito maior. A gente precisa se comunicar com o mundo, ouvir o que as pessoas falam. A vida se dá através da conversa. Prezo muito isso.

Patrícia Henriques - Reprodução: Internet
Patrícia Henriques - Reprodução: Internet

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E por falar em ouvir o que as pessoas falam, seu projeto "Beba que eu te escuto" despertou em minhas visitas a sensação de exclusividade ao tomar café ou chá comigo numa xícara que, por si só, já possui história. O objeto se torna acolhedor e transforma o chá numa cerimônia literal de troca de afetos, num ritual de histórias, de presenças reais, da vida nua, autêntica.


Patrícia Henriques

O trabalho transmite uma coisa de paz porque são valores que todos buscamos. Eu faço objetos de afeto que têm a ver com o meu viver, com as minhas histórias e com o contato com a beleza. É bom ter coisas bonitas em nossos horizontes, em nossos lares. A gente precisa de coisas bonitas ao nosso redor, coisas que contam histórias, que geram reflexão. Sabe aquela felicidade que se esconde entre as palavras? O "Beba que eu te escuto" surgiu de um relacionamento em que, ironicamente, o diálogo não se fazia tão presente. Criei, então, uma caneca com uma orelha no lugar da alça. Observei as orelhas de minha mãe e de uma amiga e pensei: isso pode ser muito legal! Comecei a fazer com argila marrom, com esmaltes e a coisa foi crescendo

Patrícia Henriques - Reprodução: Internet
Patrícia Henriques - Reprodução: Internet

Portal Conteúdo Uma DR que gerou a criação de objetos de afeto e conquistou lares do país inteiro... Patrícia Henriques

Sim... Tudo nasce das relações. Dos meus afetos para os afetos de outras pessoas.. Vendi muito as xícaras para psicólogos. Uma psicanalista comprou para vários amigos e comecei a enviar para o país inteiro. Fui aperfeiçoando e passei a vender para uma empresa de aparelhos auditivos. Olha como as coisas ganham novos significados... Sempre existem histórias mitológicas sobre obras de arte do século XIX, do século XX, mas precisamos criar novas mitologias sobre o que está sendo criado hoje. A cerâmica é um retorno às nossas origens. O ser humano começou a criar cerâmica quando deixou de ser nômade, quando começou a criar raíz nos lugares, a pensar no amanhã, a demarcar um hábito de viver em sociedade. A cerâmica pra mim é isso. É aconchego e beleza. Comer deve ser uma celebração, beber tem que ser uma celebração. É possível fazer tudo isso em meio à beleza.


O trabalho de Patrícia não para! Até o fim do ano, a artista precisa concluir a produção de 120 pratos já encomendados. As obras criadas por ela estão à venda em catálogos on-line com 10% de desconto em qualquer tipo de pagamento neste mês. Quem tiver interesse pode acessar o instagram da artista, o site e pedir o catálogo também via whats. Para quem mora em São Paulo, em um dia os pedidos são entregues. Para quem deseja presentear amigos, afetos e parentes no natal o ideal é fazer os pedidos até o dia 10 de dezembro. E para quem quer se presentear, veja com calma as peças nas redes sociais. Certamente você vai encontrar algo que tenha a ver com sua vida.

Patrícia Henriques - Reprodução: Internet
Patrícia Henriques - Reprodução: Internet


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