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FOTOS DE "BOA SORTE: UM ENSAIO" AINDA REPERCUTEM NA WEB

O ensaio brasiliense, promovido para falar do afeto e do respeito a quem vive ou convive com HIV, reuniu pessoas de múltiplas sorologias para sessões fotográficas em duplas. As fotos fazem sucesso até hoje na internet.

Anos atrás, um audacioso projeto brasiliense uniu 60 modelos voluntários que se despiram em estúdio para abraçarem desconhecidos. A ideia era falar sobre afeto e respeito a quem vive ou convive com HIV. Cada dupla que posou nua teve uma cor predominante para representar seu abraço, num diálogo direto com o conceito da diversidade sexual, representada pelas cores do arco íris. 

A ideia nasceu de uma parceria entre o Projeto Boa Sorte, a Cia. Fábrica de Teatro e o fotógrafo Daniel Fama. O trabalho foi batizado como  “Boa Sorte: um ensaio”. As fotografias são alinhadas com a missão do Projeto, que visava provocar uma atualização do diálogo sobre o tema do HIV no Brasil. Para isso, foi feita uma seleção na internet. Cada pessoa, no ato da inscrição, deveria dizer que cor seu abraço tinha... Dessa maneira, duplas foram marcadas em estúdio e a surpresa ao saber quem seria o par de quem se manteve até o momento dos cliques.

A ideia nunca foi dizer quem vive ou convivia com HIV. Tanto que as duplas são totalmente mistas. Há pessoas que vivem com HIV e pessoas que nunca tinham tido contato maior com o tema. O importante era abraçar e falar de amor e respeito... Nada melhor para os dias de hoje onde o ódio e a intolerância gritam a todos os cantos todos os dias.


O Projeto teve início quando o ator brasiliense Gabriel Estrëla revelou ser soropositivo pelas redes sociais . Sua atitude desencadeou uma série de boas ideias e parcerias que se juntaram em prol da democratização e do diálogo sobre a questão do HIV no Brasil. Em seguida, Gabriel procurou os produtores Josuel Junior e Tássia Aguiar (responsáveis pela direção artística dos cliques assinados pelo fotógrafo Daniel Fama) e que haviam, movimentado a cena cultural brasiliense com ensaios fotográficos inusitados, como o “[Nu] Objeto” e “Que gosto tem seu beijo?”, sempre desafiando modelos a revelarem suas intimidades na fotografia.

Ao todo, 60 voluntários se despiram e abraçaram desconhecidos em estúdio,m num clima de muito humor, alegria e respeito. As fotos ganharam o Brasil e até hoje sã temas de matérias em diferentes meios de comunicação. É a arte sobrevivendo ao tempo!


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