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TARDES E NOITES DE PURO CINEMA NO FESTIVAL DE BRASÍLIA

Debates temáticos, mesas, encontros no foyer e exibições de filmes aguardados - O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro chega a seu último dia com elegância e leveza.

Parte da equipe do filme "Assalto à Brasileira" - Josuel Junior | Portal Conteúdo
Parte da equipe do filme "Assalto à Brasileira" - Josuel Junior | Portal Conteúdo

O encontro da nova geração de cineastas e artistas com as tantas gerações que ajudaram na propagação do audiovisual do DF tem sido o ponto alto do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. A estética adotada para a identidade visual e a possibilidade de permitir que conteúdos sejam gerados durante o evento fazem com que a diversidade de narrativas seja estimulada, afinal, se o festival é do povo, que o povo se sinta em casa no festival!


Já na entrada, muitos reencontros felizes. Do Teatro Dulcina, estavam presentes nomes como Thiago Ramade e Filipe Lima, atores formados na faculdade na década de 2000. Da geração dos anos 1990 do Dulcina, Maurício Witczak e Wol Nunes fizeram registros fotográficos no foyer principal. No backstage, a atriz e produtora Larissa Souza e o personal styling das apresentadoras do evento, Deni Moreira, se divertiam entre uma e outra ação. Caminhando pela praça de convivência, o jornalista da TV Globo e produtor cultural Morillo Carvalho esbanjava sua simpatia inconfundível enquanto Tamires Rodrigues gravava mais uma passagem para o Jornal de Brasília explicando a dinâmica da programação do dia.

Wol Nunes e Maurício Witczak (Reprodução: Instagram), Thiago Ramade (Filipe Lima), Larissa Sousa (Reprodução: Instagram) e Roni Sousa (Rodrigo Resende)
Wol Nunes e Maurício Witczak (Reprodução: Instagram), Thiago Ramade (Filipe Lima), Larissa Sousa (Reprodução: Instagram) e Roni Sousa (Rodrigo Resende)

Enquanto os atores Paulo Miklos, Robson Nunes e Matheus Macena cediam entrevistas para diferentes veículos, José Eduardo Belmonte desfilava pelo espaço cumprimentando amigos de longa data que foram prestigiar a estreia do ótimo "Assalto à Brasileira". Roni Sousa, diretor do único filme brasiliense participante da mostra competitiva, "Fogo Abismo", dizia com orgulho ter assistido a todas as atrações exibidas no Cine Brasília. Algo semelhante ocorreu com Jorge Paz, ator cearense que marcou presença diariamente no festival.


Observar esse movimento orgânico do evento faz com que ele fique guardado na memória do público e dos artistas e técnicos participantes. Porém, não só de artistas participantes da programação vive o festival. O diretor Israel Cordova, que recentemente esteve em Hollywood com o curta "Além da Culpa", falava sobre essa estreia internacional no festival LGBTQIA+ CinePride Fim Festival, em Los Angeles, comprovando que a troca de informações, contatos e experiências é a própria essência de um festival. Aliás, Israel recebeu elogios pessoais de Junior Ribeiro, Coordenador de Audiovisual da SECEC que acompanha de perto todo o evento, sendo um ótimo elo de ligação da Secretaria de Cultura com a classe artística.

Acima, Junior Ribeiro e Milena Evangelista. Abaixo, Ana Caroline Brito, Carina Bini e Gabriel Magno | Michelle Moreira.
Acima, Junior Ribeiro e Milena Evangelista. Abaixo, Ana Caroline Brito, Carina Bini e Gabriel Magno | Michelle Moreira.

Junior esteve no Encontro setorial "Políticas Públicas para o Audiovisual no DF", realizado no auditório do Cine Brasília. Participaram da mesa mediada por Ana Carolina Brito (APAN), Milena Evangelista (MinC/SA), Carina Bini (Movimento Audiovisual do DF) e Gabriel Magno (Deputado Distrital). Na ação, alguns pontos sobre os arranjos regionais e os panoramas e perspectivas para a realização e difusão de obras produzidas na capital foram colocados em pauta.


"A importância do encontro setorial, no formato em que foi realizado, está justamente na possibilidade de construir políticas públicas sólidas para o audiovisual do Distrito Federal. Essa construção se dá a partir do diálogo entre diversas perspectivas e agentes fundamentais como a Secretaria de Cultura, o Ministério da Cultura, a Câmara Legislativa do DF e o Movimento do Audiovisual do DF.", comenta Junior Ribeiro ao portal.


ASSALTO À BRASILEIRA - A VOLTA DA BOA COMÉDIA DE ERROS AOS CINEMAS

A estreia nacional de "Assalto à Brasileira" gerou expectativa e conquistou simpatia e adesão da plateia. O filme de José Eduardo Belmonte teve seu trailer oficial lançado pouco tempo antes da exibição em Brasília e o mistério sobre a linha adotada pela direção permaneceu até o momento do play.


O longa é baseado em uma história real sobre um jornalista se vê envolvido em um dos maiores roubos da história do Brasil: um assalto à mão armada na maior agência bancária de Londrina em 1987. Durante o contexto de grave crise econômica, grande parte da população que presenciou o roubo simpatizou com os criminosos que, de forma quase ingênua, questionavam o sistema socioeconômico vigente no governo Sarney.

Assalto à Brasileira | Divulgação
Assalto à Brasileira | Divulgação

A busca pelos 30 milhões de cruzados em Londrina ganhou tom deliciosamente jocoso na obra que dosa muito bem a ação, o suspense e a comédia de erros. O texto é quase uma crônica dita do jeito certo pelos atores do filme. A escolha do elenco, aliás, é um grande acerto. Enquanto Robson Nunes, Murilo Benício e Paulo Miklos nos lembravam a todo instante a tensão necessária para um filme mais elétrico e denso, Christian Malheiros, Matheus Lucena, Vinicius Marinho, Shaolin Shabba, Ariclenes Barroso e Vertin Moura nos mostraram uma outra forma de se fazer comédia. E insisto no uso do termo comédia dos erros porque o bendito assalto é tomado por momentos ridicularmente humanos, com muitos erros estratégicos ao longo da malfadada tentativa de ganho rápido de dinheiro. Malheiros, que faz muito sucesso no streaming, é no filme a personificação de um Robin Hood austero e emocionalmente inocente, dando margem para boas gargalhadas do público. O fator humano presente em toda a narrativa faz com que nos apaixonemos por esses personagens.


Hoje, a partir das 17h, tem a aguardada noite de premiação e a edição de 2025 do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que certamente ficará marcada como uma das mais interessantes dos últimos 60 anos.


Josuel Junior para o Portal Conteúdo.

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