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CINEMA INDEPENDENTE BRASILEIRO CRUZA FRONTEIRAS COM "LUIZ TELLES - ARTISTA DO AMANHÃ"

Filme dirigido por Jonatan Gentil tem estreia internacional em festivais na Índia, Argentina e Estados Unidos entre os dias 31 de outubro e 4 de novembro.

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Cinema independente brasileiro cruza fronteiras com “Luiz Telles – Artista do Amanhã”. Filme dirigido por Jonatan Gentil tem estreia internacional em festivais na Índia, Argentina e Estados Unidos entre os dias 31 de outubro e 4 de novembro


Entre os dias 31 de outubro e 4 de novembro, o documentário Luiz Telles – Artista do Amanhã, dirigido por Jonatan Gentil, realiza sua estreia internacional de forma pouco comum para o cinema independente: o filme está sendo exibido simultaneamente em três países, participando de mostras na Índia, Argentina e Estados Unidos.As exibições acontecem nos festivais Culture Cinema (Índia), Arte Non Stop (Argentina) e Egyptian-American (EUA). A coincidência de janelas transforma a estreia do filme em um gesto simbólico – um movimento que reforça o potencial do cinema autoral brasileiro de circular em rede, independentemente das rotas tradicionais de distribuição.

Durante sua participação no Arte Non Stop Festival (Argentina) evento dedicado ao diálogo entre cinema e artes visuais, o documentário recebeu o prêmio de Melhor Direção de Média-Metragem.


Este é o segundo prêmio obtido pela obra, que anteriormente havia sido reconhecida no VIII Curta Lajes, em Santa Catarina, com  o prêmio de "Melhor Pesquisa". As conquistas reafirmam o destaque que o filme vem alcançando em festivais independentes e o amadurecimento de sua circulação fora do país.


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Um percurso independente

Produzido pela Setebarba Filmes, o documentário foi realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo e gravado em Santa Catarina e São Paulo. Gentil, que também assina a montagem e a distribuição, apostou em festivais independentes como estratégia de inserção internacional – uma escolha que vem se tornando cada vez mais recorrente entre produções de pequeno porte que desejam alcançar novos públicos. “Fazer cinema independente no Brasil é, antes de tudo, um ato de insistência coletiva”, comenta o diretor. “Trabalhamos sem as estruturas do cinema industrial, mas com a convicção de que contar nossas histórias é uma forma de disputar espaço simbólico dentro da cultura.”


O artista e o tempo

Com 31 minutos de duração, Luiz Telles – Artista do Amanhã revisita a trajetória de Luiz Telles (1946–1991), pintor e multiartista cuja obra dialogava com o surrealismo e trazia críticas à verticalização desordenada que transformou o litoral nas últimas décadas. O documentário apresenta o legado do artista mais de trinta anos após sua partida, reunindo depoimentos, registros de obras e imagens de arquivo em uma narrativa que reflete sobre memória, pertencimento e criação – elementos que se estendem também ao modo de produção do próprio filme, reafirmando o sentido autoral e sensível que marca o cinema independente.


Pequenas rotas, grandes alcances

Partindo de Balneário Piçarras (SC), o documentário alcança agora plateias de três continentes, em uma circulação que reafirma a força das pequenas rotas e das redes horizontais de difusão. Num cenário global marcado por fluxos concentrados e plataformas dominantes, experiências como essa mantêm vivo o espírito de invenção do cinema brasileiro e mostram que as bordas seguem criando novos centros de atenção.


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