top of page
Josuel Junior - Editoria

FOGO NO RABO - SÁTIRA DE NOVELA TAMBÉM ESTÁ NO GLOBOPLAY

"Fogo no Rabo" fez muito sucesso dentro do humorístico TV Pirata. A sátira brincou com elementos clichês da teledramaturgia e está disponível na íntegra no Globoplay.

Pegando carona no lançamento de "Roda de Fogo", novela de Lauro Cesar Muniz, o Globoplay lança também "Fogo no Rabo" - uma paródia da novela que fez muito sucesso na TV em 1988. O quadro foi um dos mais marcantes da TV Pirata, por inovar com a mistura de diversos chavões dos folhetins: perda de memória, reencontro de gêmeos, procura pela verdadeira mãe, alpinismo social e personagens questionando sua sexualidade. Seus personagens principais eram os seguintes:


REGINALDO (Luiz Fernando Guimarães) – Um empresário sem escrúpulos interpretado pelo fictício galã Felipe Fernandes, que havia trocado tiros com vários irmãos gêmeos e gabava-se de ser honesto – nunca vendeu uma criança que não funcionasse corretamente. Noivo de Natália (Debora Bloch), na realidade a desprezava e a usava para seus golpes. Sempre que seu nome era pronunciado ou Reginaldo entrava em cena, era tocado o trecho “Como uma deusaaaa”, do refrão da canção O Amor e o Poder, da cantora Rosana Fiengo. A música fez parte da trilha sonora da telenovela Mandala, exibida em 1987. Músicas do filme Blade Runner também eram usadas em Fogo no Rabo. NATÁLIA (Debora Bloch) – Filha de Barbosa (Ney Latorraca) e Clotilde (Louise Cardoso) e irmã de Amílcar (Diogo Vilela). Suburbana lourinha e romântica, ainda brincava de Barbie mas sonhava em se casar com Reginaldo (Luiz Fernando Guimarães) e ter dois filhos lindos: Danielle Aparecida e Cleverson Carlos. Sempre maltratada pelo amado, dizia: “Reginaldo, você é tão bom pra mim!” PENÉLOPE (Claudia Raia) – Antagonista da história, vilã digna de novela mexicana. Mulher fatal, com roupas exageradas, era amante de Reginaldo (Luiz Fernando Guimarães) e se aproveitava da ingenuidade da apaixonada Natália (Debora Bloch) para explorar sua família. BARBOSA (Ney Latorraca) – Pai de Natália (Debora Bloch) e Amílcar (Diogo Vilela) e marido de Clotilde (Louise Cardoso). Barbosa era um velhinho caquético de cabeça branca, barrigudo, que não conseguia comandar a família, e só sabia repetir a última palavra de tudo o que os outros diziam com um beicinho inconfundível que virou mania nacional. O personagem foi um dos maiores sucessos do TV Pirata.


CLOTILDE (Louise Cardoso) – Mulher de Barbosa (Ney Latorraca), mãe e conselheira de Natália (Debora Bloch) e Amílcar (Diogo Vilela). Sua vida era cuidar da família. Era definida como “uma mulher misteriosa que guarda um grande segredo: 4-3-3 para a esquerda e 5-2-8 para a direita”. AMÍLCAR (Diogo Vilela) – Irmão de Natália (Debora Bloch), jovem intelectual e engajado, criticava a sociedade, o governo, e não aceitava a vida alienada dos pais Clotilde (Louise Cardoso) e Barbosa (Ney Latorraca). Aspirante a jornalista, gostava sempre de citar estatísticas sociopolítico-econômicas alarmantes em cenas dramáticas, geralmente acompanhadas de tabelas e gráficos. Descobriu sua sexualidade ao apaixonar-se por Agronopoulos (Guilherme Karan), capanga de Reginaldo (Luiz Fernando Guimarães). DONA MARIANA (Regina Casé) – Prestativa secretária de Reginaldo (Luiz Fernando Guimarães), não perdia a chance de fazer merchandising nas cenas mais impactantes. Também teve um caso com Agronopoulos (Guilherme Karan). GRONOPOULOS (Guilherme Karan) – Capanga de Reginaldo (Luiz Fernando Guimarães), comunicava-se por meio de grunhidos. Uma criatura bizarra, definido como uma mistura high-tech de Corcunda de Notre-Dame e Nosferatu, tinha um olho de vidro e a cabeça toda costurada com uma placa metálica no canto. Apesar dos preconceitos, provou que os brutos também amam.

Perto do final de Fogo no Rabo, Marco Nanini assumiu o lugar de Luiz Fernando Guimarães no papel de Reginaldo. No dia de seu casamento, Natália descobriu que era irmã de Reginaldo e não poderia se casar com ele. Penélope, que havia se trancado num convento, acabava saindo para se casar com Reginaldo. Mas ele só pensava em Natália. Nesse meio tempo, Amílcar era escalado para uma entrevista com o presidente Getúlio Vargas e o chefe de Estado faz uma revelação: Natália não era irmã de Reginaldo.


Na noite de Natal, Natália, enfim, descobria pelos jornais que não era irmã de Reginaldo, vestia-se de noiva e aparecia na igreja onde Reginaldo se casaria com Penélope, que desmaiava. Amílcar encontrava Penélope amargurada, bebendo num bar, e os dois acabavam saindo juntos.


O final de Fogo no Rabo foi um casamento coletivo: Natália e Reginaldo, Amílcar e Penélope, Agronopoulos e Dona Mariana e até Barbosa e Clotilde se casam novamente.


Foi gravado um final que acabou não sendo exibido. Nele, Barbosa ganhava na Mega-Sena e alugava um foguete para a família fazer uma viagem para o espaço.


Fogo no Rabo sempre começava com a locução: “A primeira novela brasileira sem Paulo Gracindo”. Ficaram na memória ainda os créditos que apareciam no final: “Novela de Angu do Gomes. Com: Bugleux, Cafuringa, Alfinete, Denílson, Batata, Fidélis, Waltencir, Claudinei, Adãozinho, Bianchini & Grapete. Astros convidados: Júpiter, Saturno e Plutão. As crianças: Huguinho, Zezinho, Luisinho & Nelsinho Motta. Direção: Emmerson Fittipaldi”.


Com informações do site Memória Globo*

Comments


bottom of page