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ÚLTIMAS SESSÕES DE "TERRA", DO COLETIVO RUÍNAS

“Terra” é o segundo trabalho do projeto Residência Obscênica – o primeiro foi “Corpo Crustáceo”, indicado ao prêmio APCA/21, nas categorias ‘Interpretação’ e ‘Prêmio Técnico’ –, contemplado pela 29ª edição do Programa de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo.

“Terra”, instalação coreográfica multimídia do Coletivo Ruínas, que alerta para o assombro e impotência do corpo frente às forças de dominação da terra a que chamamos progresso.

Na peça, dividida em cinco atos, a dançarina interage com uma grande volumetria invocando, à superfície da terra, a solidez da rocha para criar, em um paralelo com os ossos (estruturas edificantes do corpo), uma dança de embate, de tremores, repouso, quedas, desmoronamentos, perfurações, rasgos e irrupções – relações simbolicamente atreladas a forças geofísicas (inorgânica e orgânica). Nesse fluxo sucessivo de paisagens expressivas, cada uma sugere uma narrativa de transformação da terra e destaca um vetor principal do imperativo civilizatório como fundamento da movimentação.

A criação coletiva tem ainda Jovem Pelarosi na composição sonora, Carlos Pedrañes, Luciana Ramin, Thiago Capella Zanotta e Rafael Frazão no conteúdo audiovisual e vídeo-mapping, Juliana Morimoto, Thais Ueti e Vitória Savini, assistentes na criação cênica, e Hernandes de Oliveira na iluminação. Assina o figurino Rogério Romualdo.

Ao atuar na zona de contágio entre dança, sonoridade, luz e audiovisual generativo - experimento que se constrói a partir de um sistema personalizado -, “Terra” propõe um diálogo entre essas diferentes práticas artísticas e transdisciplinares, que, atravessadas por narrativas e artes visuais em ações ao vivo, permite ao público apreciar tanto uma experimentação cênica quanto uma instalação de arte. O Coletivo Desde 2013, o Coletivo Ruínas atua como uma plataforma de investigação e criação experimental e transversal às linguagens da dança, do teatro, do audiovisual, da fotografia, da iluminação e da música, reunidas não apenas pelo assombro com a voracidade de máquinas, que põem casas abaixo para construção de altos edifícios e condomínios murados, mas com o interesse de perceber como esse fenômeno de mudança radical da natureza dos lugares coreografa o cotidiano e afeta os corpos.

A composição de artistas passou a criar modos de se relacionar poeticamente e refletir, ética e politicamente, com estes sítios de demolição urbanos por meio de criações artísticas (intervenções, instalações, videodança, experimentos cênicos), utilizando recursos tecnológicos que apoiassem a pesquisa chamada, a título de estudo, “corpo estranhado” ou “corpo em[tre]ruínas”,

A interlocução com a topologia movente dos sítios de demolição, a metamorfose do ambiente e a remodelagem dos corpos e dos modos de vida, nos coloca frente à questão de como a espécie humana está ocupando a Terra. Quanta floresta tem em um edifício? www.coletivoruinas.com.br PROGRAME-SE Terra – Coletivo Ruínas últimas sessões: 01 e 02/04, 19h Oficina Cultural Oswald de Andrade Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro. São Paulo/SP Tel: (11) 3222-2662 | (11) 3222-4683 Classificação indicativa: 16 anos | Duração: 45 minutos QUEM FAZ Concepção: Coletivo Ruínas Dança e Coordenação Artística: Michele Carolina Provocação Cênica: Luah Guimarãez e Alejandro Ahmed Suporte Dramatúrgico: Silvia Geraldi Desenho de som: Jovem Palerosi Conteúdo Audiovisual e Vídeo-mapping: Carlos Pedrañes, Luciana Ramin, Thiago Capella Zanotta e Rafael Frazão Assistentes de Criação Cênica: Juliana Morimoto, Thais Ueti e Vitória Savini Iluminação: Hernandes de Oliveira Preparação Corporal: Eduardo Fukushima Figurino: Rogério Romualdo Registro em foto: Inês Bonduki Registro em vídeo: Gideoni Júnior Designer Gráfico: Gustavo Domingues Assessoria de Imprensa e Redes Sociais: Elaine Calux e Talita Bretas (Portal MUD) Produção: Júnior Cecon

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