SÚBITA COMPANHIA FAZ CURTA TEMPORADA EM SÃO PAULO COM DUAS OBRAS

Josuel Junior - Editoria
há 11 horas
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A companhia paranaense leva dois trabalhos a São Paulo: "Dito", solo de Pablito Kucarz e "O medo da morte das coisas", solo de Maíra Lour, ambos com direção da premiada iluminadora, diretora teatral e atriz Nadja Naira.

A Súbita Companhia, um dos coletivos teatrais mais atuantes do Paraná e que vem despontando no cenário nacional, reconhecida pela qualidade de suas produções e pela fomento à formação de novos artistas, chega a São Paulo com dois espetáculos ainda inéditos na cidade no ano em que comemora 18 anos de trajetória.

“Dito” e “O medo da morte das coisas” são dois solos autoficcionais da companhia curitibana, que estrearam em 2024 e que pela primeira vez na história do grupo ganham direção de uma artista convidada. Ambos são resultado da pesquisa continuada em encenação e dramaturgia contemporâneas desenvolvida pela companhia, com foco nos estudos do corpo e do movimento. Partindo de textos escritos pelo próprio elenco, as peças partem de pesquisas particulares, mas dialogam entre si tanto pelo processo de criação e cenários compartilhados quanto pelos temas, que percorrem questões vinculadas à memória.

O medo da morte das coisas - Foto:Vitor Dias

"O medo da morte das coisas" solo de Maíra Lour, marca seu retorno aos palcos como atriz depois de muitos anos à frente da direção dos espetáculos do grupo. A obra investiga a durabilidade e a necessidade de manutenção das coisas e das relações. O solo mostra uma mulher que dança e revela suas memórias em um apartamento antigo que apresenta marcas de desgaste do tempo e precisa de cuidados. Ao observar as manchas, o mofo, as rachaduras e vazamentos ela se volta para dentro de si e se confunde com aquele lugar.

A partir de uma escrita autobiográfica, as memórias dessa mulher nos aproximam da temática da iminência da morte acontecendo junto com a efervescência da vida. O texto tragicômico conduz o público a se identificar com seu próprio cotidiano e a se reconectar com estruturas afetivas e também sociais que compõem a história de cada um de nós.

“Dito” parte da dramaturgia escrita por Pablito Kucarz, que coloca em perspectiva as narrativas de um pai e um filho e abre uma possibilidade ficcional de diálogo entre eles. Na peça, o ator investiga sua própria trajetória através do espelhamento com a história de seu pai. As diferenças que os afastam e que os aproximam, a herança genética e o laço delicado que define uma relação entre dois homens, um pai e um filho. O espetáculo é o segundo solo do ator, que em 2019 estreou “O Arquipélago”, sendo indicado ao Troféu Gralha Azul na categoria de Melhor Ator.

DURAÇÃO: 120 minutos (60 minutos cada espetáculo)

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 anos

QUEM FAZ

Direção Nadja Naira

Dramaturgia e Atuação

O medo da morte das coisas | Maíra Lour

Dito | Pablito Kucarz

Assistência de Direção Dafne Viola

Preparação Corporal Cintia Napoli

Dramaturgismo Lígia Souza

Direção de Produção Gilmar Kaminski

Produção Executiva Cindy Napoli

Assistência de Produção Dânatha Siqueira

Colaboração em Voz Julia Klüber

Cenografia Gabrielle Windmuller

Figurinos Isbella Brasileiro

Iluminação Lucri Reggiani

Sonoplastia e Operação de Som Álvaro Antonio

Design Gráfico Pablito Kucarz

Adereço de Cabeça | Dito | Ney Souza

Produção Local Anayan Moretto

Intérprete LIBRAS Fabiano Gold

Audiodescrição Bell Machado

Assessoria de Imprensa Adriana Monteiro - Ofício das Letras

Redes Sociais Gabriela Berbert

Fotografia Annelize Tozetto

No dia 23 de novembro (dom) | após a apresentação dos espetáculos

BATE-PAPO/ENCONTRO CRÍTICO com elenco e direção (Maíra Lour, Nadja Naira e Pablito Kucarz), mediação de Fernando Pivotto

Dias 28 e 29 - OFICINA | Criação de Solos com Maíra Lour e Pablito Kucarz

A partir de procedimentos utilizados no processo de criação dos espetáculos solos da Súbita Companhia de Teatro, como composição de cenas e exercícios de escrita, faremos propostas coletivas que nos provoquem para a criação solo e que tragam à cena pontos de reflexão sobre: como começar; quais investigações possíveis para encontrar temas ou propostas estéticas que dialoguem com nossos desejos artísticos; como entender autoria; reconhecimento de potências de cena; criação de dramaturgia autoral; o corpo como lugar de acontecimento cênico; qualidade de feedbacks coletivos; quais disparadores poéticos específicos para cada proposta; relação direção-atriz/ator; relação entre poético/político/estético.

Público alvo: artistas do teatro e da dança, estudantes e interessados em processos de criação em artes cênicas.

Dia 28 de novembro (sex) | 13h às 16hDia 29 de novembro (sáb) | 13h às 16h

Teatro Arthur Azevedo (Av. Paes de Barros, 955 - Alto da Mooca, São Paulo - SP, 03115-020)

Inscrições gratuitas até 23/11 através do link: https://forms.gle/nze2VyGdRJYRKGTZ7

Sobre a Súbita Companhia

A Súbita Companhia de Teatro é um coletivo de artistas com sede em Curitiba/PR, que cria espetáculos, produtos audiovisuais, publicações e ações formativas desde 2007. A companhia desenvolve uma pesquisa continuada em encenação e dramaturgia contemporâneas com foco nos estudos do corpo e do movimento. A trajetória do grupo conta com 18 peças, 3 cenas curtas, 8 curta metragens, 11 publicações em dramaturgia, além de eventos de formação artística e inúmeros workshops, residências, temporadas, circulações e participações em eventos culturais e festivais. Em 2025 a súbita completa 18 anos de atuação no cenário cultural e se destaca pela continuidade e qualidade do trabalho artístico em produções e ações de formação e fomento às artes cênicas. No biênio 2024-2025, as ações da companhia contam com o apoio da Funarte, através do Programa de Apoio a Ações Continuadas - Grupos e Coletivos.

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