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POVO INDÍGENA FULNI-Ô É RETRATADO EM EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA DE RAISSA AZEREDO

Exposição ‘Povo Fulni-ô - Entre a Caatinga e o Cerrado’ segue no Memorial dos Povos indígenas até 28/09, retratando saberes e fazeres dos Fulni-ô residentes em Pernambuco e no Distrito Federal

Foto: Raissa Azeredo
Foto: Raissa Azeredo

A fotógrafa, indigenista e antropóloga Raissa Azeredo apresenta a exposição ‘Povo Fulni-ô - Entre a Caatinga e o Cerrado’. A mostra fotográfica documenta processos culturais, saberes e memórias do povo Fulni-ô, estabelecidos em dois biomas: Cerrado e Caatinga A exposição foi elaborada a partir de uma expedição que passou pela aldeia Fulni-ô, próxima à cidade de Águas Belas, no agreste pernambucano, e também pela Terra Indígena Santuário Sagrado dos Pajés - Pajé Santxiê Tapuya, localizada no Setor Noroeste/Distrito Federal.  Os registros fortalecem a documentação, manutenção e preservação da memória dos Fulni-ô. A exposição está no Memorial dos Povos Indígenas até 28 de setembro, de terça a domingo, de 9h às 17h, com entrada gratuita e livre. A mostra também conta com fotos do fotógrafo convidado pernambucano Bruno Jungman.


Povo Fulni-ô – Entre a Caatinga e o Cerrado

A exposição fotográfica “Povo Fulni-ô – Entre a Caatinga e o Cerrado”, de Raissa Azeredo, dá visibilidade à trajetória e às práticas tradicionais do povo Fulni-ô, tanto em seu território de origem, próximo à cidade de Águas Belas (PE), quanto em sua presença no Distrito Federal. Uma pessoa ponte para o entendimento desses territórios foi o Pajé Santxê Tapuya, que nasceu e cresceu na caatinga, mas se estabeleceu no cerrado na década de 60.


 “Sua relação com a terra no Santuário dos Pajés aqui no DF proporcionou o plantio de várias plantas e árvores nativas do seu território de origem. O projeto refez os passos de Santxiê de volta para  a caatinga para conhecer o início dessa história, que preserva esses dois biomas”.  - Tâmara Jacinto, idealizadora do projeto junto com Raíssa Azeredo.


Por meio da documentação sensível de práticas, como a coleta de raízes, sementes e fibras utilizadas no artesanato tradicional, além de retratos que revelam a miscigenação fenotípica fruto da colonização, a exposição fortalece a memória cultural do povo Fulni-ô e destaca o protagonismo de lideranças jovens, como Santxie Fulni-ô, que hoje tem 24 anos e é filho do Pajé Santxiê Tapuya


Ao abordar a relação entre os biomas Caatinga e Cerrado e a continuidade dos saberes tradicionais em novos territórios, a mostra também contribui para ampliar a compreensão sobre a presença indígena no DF — invisibilizada e apagada tanto na educação formal quanto  no imaginário da população local. Dessa forma, a exposição não apenas valoriza a identidade indígena, mas também enriquece a memória cultural da capital federal. A exposição estimula  o conhecimento da história e trajetória do Povo Fulni-ô, contada a partir do olhar dos fotógrafos Raíssa Azeredo e Bruno Jungman e também por Santxie Fulni-ô, morador da Terra Indígena Santuário Sagrado dos Pajés - Pajé Santxiê Tapuya, no Distrito Federal.


A exposição ‘Povo Fulni-ô - Entre a Caatinga e o Cerrado’ estará em cartaz em outros espaços do DF até dezembro, em locais que serão divulgados posteriormente. O projeto é uma realização da Onã Produções, com apoio  e recursos do Fundo de Apoio à Cultura, da Secretaria de Cultura do Distrito Federal.


Raissa Azeredo

Raissa Azeredo é fotógrafa, indigenista e antropóloga pela Universidade de Brasília (UnB). Atua profissionalmente na fotografia desde 2013 e transitou por algumas áreas, como: fotografia de parto, registro de shows e espetáculos, gastronomia, retratos de famílias e corporativos. Em 2017 iniciou seu caminho na etnofotografia quando visitou o povo Avá-Canoeiro para realizar o registro fotográfico para o acervo permanente da FUNAI, e, a partir daí, passou a se especializar na área e a trabalhar fazendo registros de povos indígenas por todo o Brasil. 


Atualmente trabalha com a Associação Iakiô (associação indígena do povo Panará), localizada no Mato Grosso. Também mantém um fluxo de trabalho fotográfico constante com os povos Xavante - aldeia Santa Cruz de Ripá (MT), T.I. Pimentel Barbosa, e Krahô - aldeia Manoel Alves (TO), registrando seus rituais e festas tradicionais a convite das comunidades sempre que possível. Anualmente colabora também com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) documentando as edições do Acampamento Terra Livre (ATL), Marcha das Mulheres Indígenas, e outros movimentos políticos indígenas que acontecem em Brasília (DF).


PROGRAME-SE

Exposição Fotográfica Povo Fulni-ô – Entre a Caatinga e o Cerrado, de Raissa Azeredo

QUANDO: até 28 de setembro de 2025, de terça a domingo, de 9h às 17h

ONDE: Memorial dos Povos Indígenas

QUANTO: Entrada Franca

Classificação: Livre


 
 
 
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