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MAU LUGAR - UMA ÁUDIO LIBRAS FICÇÃO

Coletivo de Galochas estreia Mau Lugar - uma Áudio Libras Ficção - pelas plataformas Youtube, Spotify e SoundCloud no dia 8 de maio.

MAU LUGAR, uma Áudio Libras Ficção, foi montada a partir da transposição da peça homônima do Coletivo de Galochas para a linguagem dos sons e recriada simultaneamente em Libras (Língua Brasileira de Sinais) em parceria com o Coletivo ramariaS.

A peça estreou, originalmente, em 2017 e passou por importantes espaços, como o TUSP - Teatro da USP (2018), Teatro de Arena Eugênio Kusnet (2019), Teatro da Cia da Revista (2020), cuja temporada foi interrompida pela pandemia e deu origem a esse trabalho em modo remoto.

A opção radical do grupo pela áudio-difusão, através da construção de um drama sonoro, foi inspirada pelas radionovelas cubanas das primeiras décadas do século XX. É um convite à sensibilidade expandida, a partir de um movimento de encontro de si, mas capaz de imergir na alteridade: ao fechar os olhos e amplificar a escuta atenta, não perdemos a imagem do mundo, antes, ingressamos em sua profundidade sonora.

O trabalho com a Língua Brasileira de Sinais, nasceu da necessidade da transposição da peça para pessoas surdas ou ensurdecidas, de modo que a mesma sensação de drama possa ser compartilhada por quem não pode ouvir, mas lida com os sons do mundo de outras formas.

A peça foi montada totalmente em modo remoto, com orientações à distância na interação com atrizes e atores do Coletivo de Galochas, para a produção e registro dos áudios e na gravação das imagens de Libras, pelo Coletivo ramariaS.

MAU LUGAR reflete sobre um dos mais pesados fardos da própria morte, além da dor e da perda do ente querido: o sequestro do direito ao luto. Nessa distopia onde Lúcia está imersa, o direito à memória da filha, o luto e o respeito ao corpo lhe são violentamente arrancados, assim como as esperanças e crenças em um sistema de valores.

SINOPSE MAU LUGAR retrata uma sociedade controlada pelo Remédio da Felicidade, que já não pode mais conter uma onda de suicídio. Como resposta, o suicídio é criminalizado, com violentas punições aos familiares das pessoas que tiram ou tentam tirar a própria vida. Lúcia, uma gerente de fábrica, vê tudo se transformar após encontrar a filha que se enforcou, nos arrastando com ela para um MAU LUGAR, onde os corpos dos mortos são apenas fardos pesados e o luto um ritual de queima no lixão. Ela deve se livrar do corpo, para não sofrer sanções e acaba se encontrando com os Mercadores de Corpos.

EPISÓDIOS MAU LUGAR foi dividida em três episódios, que vão estrear pelo Youtube, Spotify e SoundCloud, nas páginas do Coletivo de Galochas e permanecerão publicados nas plataformas para serem vistos/ouvidos gratuitamente.

Os episódios são apresentados em sequência, com dois dias de apresentação cada e, no final da temporada, será feita uma “maratona” com a apresentação consecutiva dos três episódios em um mesmo dia:

1. Empacotando a filha (08 e 09/05) 2. Felicidade em chamas (15 e 16/05) 3. A vida é uma dádiva (22 e 23/05) MARATONA – Apresentação completa dos três episódios (29 e 30/05)

DIÁLOGOS EM TEMPOS DE ISOLAMENTO Rodas de Conversas sobre teatro, translinguagem, acessibilidade, luto e morte. Nos dias 09, 15, 23 e 30 de maio, após as apresentações de MAU LUGAR, serão realizados os Diálogos em Tempos de Isolamento, rodas de conversa sobre temas suscitados pelo espetáculo, com psicólogos, artistas, pessoas que trabalham com acessibilidade pública e os grupos envolvidos.

09/05 RODA I - CRIAÇÃO EM TEMPOS DE ISOLAMENTO: A transposição do teatro presencial para o online e sua potência investigativa. Com Coletivo de Galochas. 15/05 RODA II - CAMPO EXPANDIDO DA SENSIBILIDADE: O encontro entre linguagens enquanto potência criativa. Com o Coletivo ramariaS 23/05 RODA III - OCUPAÇÃO CULTURAL E ACESSIBILIDADE: Avanços e desafios. Com Glauce Teixeira, Nana Roots e Mona Rikumbi 30/05 RODA IV - DIÁLOGOS SOBRE LUTO E MORTE: Falar para resistir. Com a Professora Maria Júlia Kovács, do Laboratório de Estudos Sobre a Morte, Psicologia/USP.

As atividades terão início sempre às 19hs e acontecerão em sala fechada, sendo transmitidas simultaneamente em duas diferentes redes sociais do Coletivo de Galochas [Youtube e Facebook]. A interação com a plateia se dará via chat. Todos os encontros terão a presença de intérpretes de Libras e ficarão gravados no canal do Youtube.

A adaptação do espetáculo MAU LUGAR para a versão em Áudio Libras Ficção e sua exibição são possíveis graças ao edital ProAC Expresso LAB nº36/2020, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, possibilitado pela Lei Aldir Blanc, da Secretaria Especial de Cultura do Governo Federal.

SOBRE O COLETIVO DE GALOCHAS O Coletivo de Galochas é um grupo de teatro da cidade de São Paulo criado em 2010 para pesquisar formas de atuação político-poéticas. Seus dez anos de trajetória continuada foram realizados ao lado de movimentos, grupos parceiros, ocupações e comunidades, fazendo da experiência do teatro um gesto de vida e luta. O histórico do grupo conta com quatro diferentes montagens, sendo todas autorais: Piratas de Galochas, Revolução das Galochas, Cantos de Refúgio e Mau Lugar, peças que se desdobraram em inúmeras experiências teatrais e ocuparam os mais diferentes espaços.

QUEM FAZ Criação: Coletivo de Galochas Elenco: Diego Henrique, Kleber Palmeira, Natália Quadros, Rafael Presto, Mariana Queiroz, Wendy Villalobos. Libras: Coletivo ramariaS - Amanda Assis, Amanda Lioli, Edinho Santos, Fábio de Sá, Marita Oliveira, Nayara Rodriguez. Dramaturgia: Antonio Herci e Rafael Presto. Assessoria de imprensa: Pombo Correio. Assessoria de Mídias sociais: Dora Scobar. Produção Executiva: Rafael Vix. Direção de Produção: Deborah Penafiel. Captação, Sonoplastia, Montagens de Libras e Edição de AV: Antonio Herci e Daniel Lopes. Direção: Antonio Herci e Daniel Lopes.


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