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MATHEUS AVLIS - O MAESTRO QUE O DF FORMOU

Após temporada de dois anos e meio em Belém, Matheus Avlis retorna ao DF como Maestro Assistente da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro e como apresentador da série Ópera na Cidade

Maestro Matheus Avlis | Divulgação

Muita gente se espanta ao ir a um concerto de música clássica e se deparar com o jovem maestro Matheus Avlis de Sousa à frente da orquestra. Acostumado à tradicional figura do maestro de cabelos brancos, casaca e gestos impositivos, o público se surpreende ao assistir um maestro de 28 anos, sorridente e que ama interagir com o público.


Brasiliense, Maestro Matheus estreou com a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro em novembro de 2023 regendo o grandioso e virtuosístico Concerto para Piano nº 1 de Tchaikovsky com solo do renomado pianista Amir Tebenikhin. No final do concerto que ocorreu no Teatro Plínio Marcos, o artista foi agraciado com cumprimentos e agradecimentos do público entusiasmado que deixava o local. Uma senhora que frequenta os concertos semanais da orquestra abraçou o maestro dizendo: “Tão jovem e dando todo esse show”.


O sucesso do concerto de estreia foi tão grande que o jovem maestro foi convidado a reger a Orquestra do Teatro Nacional em importantes eventos:


1 concerto no Palácio Itamaraty para o seleto grupo de representantes de países que compõem o G20;

2 concertos na palco principal da Esplanada dos Ministérios durante o evento Natal do GDF que contou com um público de milhares de pessoas;

1 concerto de câmara no Palácio do Buriti com a presença do governador Ibaneis Rocha;

1 concerto de câmara no Hospital da Criança com a presença da vice-governadora Celina Leão.


Maestro Matheus, que se considera “cria” do DF, teve formação inicial em Piano e Canto Erudito pela Escola de Música de Brasília e formação em Composição e Regência pela Universidade de Brasília. Ainda na época de faculdade atuou como regente e preparador vocal em projetos sociais que visavam a difusão da música clássica em Ceilândia, Samambaia e Guará. Nos últimos anos compôs trilhas sonoras para dezenas de produções de teatro, dança e cinema financiadas pelo Fundo de Apoio à Cultura do DF.


Pelo Programa Conexão Cultura da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF, Maestro Matheus recebeu apoio necessário para completar sua formação como regente de orquestra e ópera em países europeus, tendo recebido orientação de maestros de renome internacional como John Axelrod, Jordi Mora e Vittorio Parisi. Em 2022, tornou-se o primeiro regente de orquestra latino-americano a participar do Encontro Internacional de Regentes de Bucareste (Romênia), tendo nessa ocasião regido a Orquestra Sinfônica de Bucareste.

Maestro Matheus Avlis | Divulgação

Com apenas 25 anos, atuou como Maestro na importante Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz em Belém do Pará, terra em que Carlos Gomes, o maior compositor brasileiro de óperas, passou seus últimos anos de vida e disseminou uma rica tradição de ópera. Não é à toa a fama do Festival de Ópera do Theatro da Paz que ocorre anualmente.


Em Belém, Matheus tornou-se conhecido por seus concertos inovadores que misturavam música clássica e popular, música antiga (do barroco, por exemplo) e música contemporânea. Sob sua regência, o público do Pará assistiu e se emocionou com a primeira artista negra trans não-binária a dançar o famoso balé "O Lago dos Cisnes", de Tchaikovsky, questionando espaços de poder que ainda perduram na sociedade. Foi também sob sua regência que o Theatro da Paz no dia de seus 145 anos recebeu em seu palco uma festa de carnaval, o "Carnaval Sinfônico", com músicos fantasiados, prêmio de melhor fantasia, confetes e participação do público que cantou e dançou com a orquestra tocando desde música clássica até marchinhas de carnaval.


Após temporada de dois anos e meio em Belém, Matheus retorna ao quadradinho agora como Maestro Assistente da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro e como apresentador da série Ópera na Cidade, que visa a formação de público e de profissionais criativos para a cadeia produtiva da ópera no DF.


Maestro Matheus se considera um beneficiário direto da Cultura produzida no DF e afirma que seu amor pela música, pela ópera e pela educação só é possível porque antes outras pessoas fizeram muito em prol da Cultura do DF:


“O Teatro Nacional de Brasília, hoje Teatro Nacional Cláudio Santoro, foi projetado com o ideal de abrigar grandes espetáculos de música de orquestra, ópera e balé. Brasília foi palco de ilustres compositores e maestros, como os Maestros Claudio Santoro, Silvio Barbato e Elena Herrera. A Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, que foi fundada pelo maestro Claudio Santoro, toca repertórios maravilhosos todas as quintas-feiras gratuitamente. O maestro Claudio Santoro também fundou o Departamento de Música da Universidade de Brasília, que é responsável pela formação de centenas de músicos e arte-educadores do DF. O Maestro Levino de Alcântara fundou a Escola de Música de Brasília e o único coro profissional existente na cidade, o Madrigal de Brasília. Vale lembrar que Brasília teve seu Festival de Ópera entre os anos de 2011 e 2014, onde assisti na adolescência as primeiras montagens de ópera da minha vida. Sem esquecer ainda do Festival Internacional de Verão de Brasília, o CIVEBRA, que tanto movimenta a música da cidade. Sem esquecer do samba feito na cidade, do rock, do Clube do Choro, da Casa do Cantador. Eu sou uma pequena parte de tudo isso e sou só gratidão por todas e todos que vieram e fizeram antes de mim.”

Maestro Matheus Avlis | Divulgação

Maestro Matheus Avlis voltará a reger a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional em maio de 2024, durante o XIV Encontro Brasileiro de Clarinetistas. No programa, obras de Cécile Chaminade, Villa-Lobos e Stravinsky.


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