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INFÂNCIA, ANCESTRALIDADE E POESIA - ESPETÁCULO “CURUMIM” SERÁ ENCENADO EM MEIO À NATUREZA DE BRASÍLIA

  • Editor
  • há 4 dias
  • 3 min de leitura

Espetáculo encenado ao redor de árvore do Parque da Cidade apresenta poesia e leveza para a primeira infância

Foto: Diego Bresani
Foto: Diego Bresani

Baseada na obra “UGA”, de Kaká Werá Jecupé, em que a tartaruga UGA e seu amigo inseparável, o Jabuti JABU, andam juntos pela floresta sonhando comer deliciosas jabuticabas descobertas por Leta, a borboleta, o espetáculo “Curumim” promete encantar crianças e adultos em apresentações especiais no Parque da Cidade.  Mas a tal jabuticabeira da peça não chega nunca e então os dois amigos se veem ameaçados por perigos. A história mostra, por meio dessa bela jornada, o poder da solidariedade, o valor da empatia e a magia da arte das narrativas inspiradas nos saberes dos povos indígenas.

 

CURUMIM que na língua tupi significa menino ou criança. O espetáculo criado pela ATA, Agrupação Teatral Amacaca, é totalmente dedicado à primeira infância. Nasceu do propósito de valorizar o conhecimento dos povos originários brasileiros e sua cosmogonia e visão de mundo. É uma observação sensível da forma como se relacionam com o ambiente natural e com tudo o que é vivo, de forma a sensibilizar os pequenos para o despertar de uma consciência ambiental e a compreensão de que na natureza tudo é indissociável.

 

Com uma narrativa poética, musical e lúdica, os artistas convidam as crianças a vivenciarem essa aventura em que o tempo lento e vagaroso dos personagens Tartaruga e Jabuti se contrapõe com a vida urbana, cheia de estímulos visuais e sonoros. A ideia é justamente apresentar esse outro tempo ancestral em que os bichos vivem.

 

A jornada em busca da jabuticabeira de UGA e JABU é atravessada pela cosmogonia de diversos povos indígenas. Entre eles o mito da cobra canoa do povo Waikhana do Alto Rio Negro, ou a história Kayapó do tatu que furou o céu e desceu à terra, além de outras referências simbólicas dos mitos dos povos Kamayurá, Wapichana e Tupi Guarani, que alimentam as narrativas da Vó Coruja, guardiã dos segredos e das histórias ancestrais.

 

A peça é encenada ao redor de uma grande árvore, em torno da qual foi montada uma estrutura de forma a sugerir o ambiente interno de uma oca, moradia circular indígena. O espetáculo é apresentado de dia com luz natural e música instrumental acústica executada ao vivo pelas personagens, criando uma atmosfera sonora acústica sensível.

Foto: Diego Bresani
Foto: Diego Bresani

Para esta criação a ATA contou com a consultoria do próprio Kaká Werá, escritor indígena de origem Tapuia, que subsidiou e orientou a abordagem dos conteúdos para a construção de dramaturgia e linguagem cênica afinadas com a concepção de que a cultura dos povos originários pode se perpetuar em diálogo com o mundo contemporâneo.

 

Dirigido por Márcia Duarte, “Curumim” resulta de um processo criativo em que o grupo partilhou a adaptação do texto para teatro e a criação da trilha musical.

 

Os personagens são animais da floresta interpretados por Abaetê Queiroz, Camila Guerra, Dani Neri, Flávio Café, Iano Fazio, Juliana Drummond e Rosanna Viegas com a participação convidada de Mito Waikhun como Curumim.

 

A companhia ATA iniciou sua pesquisa em 2009, por meio da disciplina “Técnicas Experimentais em Artes Cênicas”, ofertada à comunidade pela Universidade de Brasília e ministrada pelo professor, diretor e encenador Hugo Rodas. Seu principal foco é descobrir e experimentar formas de dramaturgia por meio da exploração vocal, muscular e gestual, além do estudo de instrumentos musicais e ritmos em cena. Em 2011, o coletivo de artistas se tornou um grupo de pesquisa fechado, sob a condução de Rodas. Em 2023, após o falecimento do diretor, o grupo seguiu seu trabalho, propondo novas obras e conquistando diferentes públicos, como as crianças da primeira infância atendidas em “Curumim”, primeiro espetáculo dedicado a este perfil de espectadores, tendo forte aceitação popular.

 

PROGRAME-SE

“Curumim”

Dia 06 de setembro (sábado), às 10h e 11h

Dia 07 de setembro (domingo), às 14:30h

Local - Pomar estacionamento 8 do Parque da Cidade

Duração: 35 minutos

 

QUEM FAZ

Criação: ATA- Agrupação Teatral Amacaca

Consultoria: Kaka Werá Jecupé

Direção: Márcia Duarte

Atores: Abaetê Queiroz - Jabuti / Camila Guerra - Coruja / Dani Neri - Cobra / Flávio Café - Macaco / Iano Fazio - Tamanduá / Juliana Drummond - Borboleta / Miton Waikhun - Curumim / Rosanna Viegas - Tartaruga / Pedro Tupã - Músico

Criação de Caixa Cênica: Rodrigo Lélis

Montagem e estrutura: Lume Arte

Figurinos:  Juliana Drummond 

Assistente de Figurinos e Cenografia: Nathalie Amaral

Fotografias: Diego Bressani

Ilustração:  Marina Anchises

Designer: Patrícia Meschick 

Produção: Guinada Produções – Guilherme Angelim 

Assistente de Produção: Camila Modicoviski

Mobilização de PcD: Renata Rezende

Assessoria de Imprensa: Josuel Junior

Social Media: Roger Peixoto

Direção Geral: Juliana Drummond

Coordenação Administrativa: Camila Guerra

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