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ESPETÁCULO "EU SOU UM MONSTRO" ESTREIA NO SESC POMPEIA - SP

Criado a partir de um acontecimento da vida do artista Francis Bacon, o trabalho mescla teatro, performance, vídeo e artes plásticas para propiciar uma experiência única ao espectador

Na véspera da estreia de uma importante exposição, um artista encontra seu namorado morto e deixa o corpo no mesmo lugar, para não atrapalhar o grande dia. A história, com ares de filme de mistério, aconteceu com o pintor anglo-irlandês Francis Bacon (1909–1992) e inspirou Fause Haten a criar o espetáculo “Eu Sou um Monstro”, que faz sua primeira temporada em São Paulo de 4 a 14 de abril de 2024 na Área de Convivência do Sesc Pompeia (R. Clélia, 93 - Água Branca, São Paulo - SP)

 

Tudo começou a partir da palavra. Haten, que transita entre as diversas artes, ficou muito impressionado com esse relato e escreveu um conto ficcional. Em um determinado momento, surgiu a ideia de transportar a narrativa para o teatro – foi quando começaram os estudos para viabilizar isso.   

 

Após algumas apresentações individuais para amigos e parceiros de trabalho, “Eu Sou um Monstro” alcançou seu formato final e fez uma temporada na Casa Rosa Salvador, em 2022. Na prática, o universo desenvolvido pelo conto foi expandido para se tornar esse teatro-performance site specific, ou seja, que é cuidadosamente pensado para cada espaço onde é encenado. 

 

Sobre a encenação

O público embarca em uma experiência única. Ao chegar no espaço, é recebido por Fause, que começa a discutir amenidades com as pessoas. Aos poucos, os espectadores são conduzidos para outro lugar, com algumas obras de arte expostas. O intérprete compartilha curiosidades sobre elas e propõe um pacto: por 50 minutos, todos precisam acreditar que ele é Francis Bacon.  

 

Ao longo desse tempo, quem estiver assistindo ao trabalho acompanha a transformação de um ser idolatrado em um monstro. Ou seja, os sentimentos de aversão e de admiração são colocados em confronto – tudo em nome de um desejo artístico.  

 

A existência de uma plateia, de uma dramaturgia e de um cenário assinado por Carol Bucek  ligam imediatamente “Eu Sou um Monstro” ao teatro. Já sua relação com a performance reside no fato de que a ação também depende do comportamento do público, que interage com o intérprete em alguns momentos. Mas o trabalho é muito mais do que isso.

 

“Como artista, eu sempre busquei extrapolar os limites da minha profissão. Como estilista, meus desfiles também são performances. Já no teatro, gosto também de criar os figurinos. E, de alguma forma, as artes plásticas também estavam presentes. Com este trabalho, estou apresentando abertamente todos esses meus lados”, comenta Fause. 

 

Por isso, Haten desenvolveu também as obras do artista-personagem, dando essa ideia de exposição de arte. São foto-performances elaboradas a partir do contato do seu rosto com diferentes materiais, como fitas, cordões e adesivos, como se fosse mesmo uma exposição de arte.   

 

Da mesma forma, existe uma instalação na peça feita com as cadeiras destinadas ao público. No início do ato, elas estão empilhadas e cabe ao intérprete organizá-las para acomodar cada um.  Vale dizer que um dos espectadores é convidado a se sentar na frente de Haten, assumindo o papel de um “olho”.

 

Neste jogo, o artista divide com os seus espectadores algumas das suas inquietações a respeito da arte. “Quando eu li ‘Os anormais’, de Michel Foucault, que estabelece uma relação entre o exame psiquiátrico e o direito penal, partindo da análise de grandes casos de monstruosidade criminal, vi várias frases que se eu tirasse a palavra monstro e colocasse artista, o sentido se manteria. Então, estou assumindo que sim, somos monstros: deixamos as pessoas sem ar e fazemos coisas inimagináveis. Temos total liberdade, nosso corpo é livre!”, defende. 

 

Sobre Fause Haten

Fause Haten é artista reconhecido pela sua trajetória na moda. Desde 2006, abriu seus horizontes para o campo das artes, iniciando pelos estudos em artes cênicas no Teatro Escola Célia Helena, onde se formou em 2010.

 

Participou de vários trabalhos como ator, entre os quais destacamos “A Feia Lulu” (2014) e “Lili Marlene Um Anti Musical” (2017), em que escreveu, dirigiu e atuou. Entrando pela porta do teatro, foi se reconhecendo também como performer e acabou chegando nas artes visuais. 

Sua pesquisa, sempre muito relacionada ao corpo, parte do seu próprio como matéria-prima principal. O seu ponto de partida é a sua habilidade em fazer imagens e na construção escultórica a partir de tecidos, fios, linhas e pedrarias.


O seu ponto de chegada tem sido a construção de uma nova realidade. Suas plataformas de expressão são a performance, vídeo, fotografia, escultura, pintura têxtil e pintura a óleo.

 

QUEM FAZ

Fause Haten | Diretor, Ator, Dramaturgo

Caetano Vilela | Designer de Luz

Rodrigo Gava | Designer de som e vídeo

Carol Bucek | Cenário

Marisa Riccitelli Sant'ana e Rachel Brumana | Direção de Produção

Dani Correia e Paula Malfatti | Produção executiva

Associação SÙ de Cultura e Educação | Gestão 

Assessoria de Imprensa | Canal Aberto - Márcia Marques e Daniele Valério

 

PROGRAME-SE

Eu Sou um Monstro

De 04 a 14.04 de 2024, quinta a sábado, às 21h30 e domingo, às 18h30. 

>>>Nos dias 06 e 13 de março - sessões com Língua Brasileira de Sinais 

Área de Convivência - Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93.

Ingresso: R$40 (inteira), R$20 (meia-entrada), R$12 (credencial plena). 

Recomendação de idade: 14 anos

Capacidade: 30 lugares 

Duração: 50 minutos

Não tem estacionamento.

 

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