COLETIVO EDITORIAL MARIA COBOGÓ DOA 500 LIVROS EM PROJETO FINANCIADO PELO FAC
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A ação de doação dos livros sobre Dulcina de Moraes acontece no mesmo período em que o governador Ibaneis Rocha deve sancionar o registro que inclui o nome de Dulcina e seu ideário educacional como patrimônio imaterial do Distrito Federal.

O livro Dulcina de Moraes faz parte da coleção Mestres Cobogós, que reverencia grandes nomes da cultura de Brasília. A coleção tem 4 volumes, dedicados a Glenio Bianchetti, Athos Bulcão, Dulcina de Moraes e Burle Marx. Ainda em 2025, as autoras lançam a biografia do cineasta Vladimir Carvalho.
Com recursos do FAC, o Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal, o volume dedicado à Dulcina ganha as escolas públicas do DF por meio de distribuição gratuita de 500 exemplares para estudantes dos Ensinos Fundamental e Médio de Samambaia, Ceilândia e Plano Piloto, desde a alfabetização até a modalidade EJA – Educação de Jovens e Adultos.
Entre julho e agosto, as escolas do DF cadastradas na fase de pré-produção do projeto vão receber o material de Dulcina, que inclui o livro e um encarte pedagógico. A ideia do Coletivo Editorial Maria Cobogó é levar, cada vez mais, a história de mestres da cultura e das artes de Brasília a jovens leitores da cidade.
DULCINA DE MORAES – PATRIMÔNIO DO DF
Dulcina de Moraes já nasceu aplaudida e marcou seu nome na história do Brasil. Ao lado do marido, Odilon Azevedo, criou a Fundação Brasileira de Teatro (FBT). Foi atuante pelo reconhecimento da profissão dos atores e pelo fim da censura, durante a ditadura militar. Agora, com o trabalho do Coletivo Maria Cobogó, é hora de reverenciar seu nome e seu legado.
A obra escrita por Ana Maria Lopes e Marcia Zarur, com coordenação pedagógica de Solange Cianni e pesquisa teatral de Josuel Junior, apresenta a história de Dulcina contada por ela mesma, contextualizando sua relação coma família, seu amor pelo escritor, ator e produtor Odilon Azevedo e suas as aventuras teatrais no Rio de Janeiro, antes da decisão de construir uma escola de teatro em Brasília. Com a morte de Odilon, a artista prosseguiu o sonho sozinha e os desafios dessa aventura na terra vermelha da nova capital que também são contados no livro, em meio às belas intervenções gráficas da designer Beatriz Socha nas fotos originais do acervo da FBT. Na equipe de produção, os ex-alunos da faculdade criada pela atriz, Jhony Gomantos e Jullya Graciela, auxiliam no cadastro, triagem e distribuição dos livros.
Há também a versão em braile, que será distribuída em na Biblioteca Braille Dorina Nowill e demais espaços que demonstrarem interesse, atendendo ao público leitor que tenha deficiência visual. Será gravada também a audiodescrição em formato de audiolivro, sob a narração de Marcia Zarur.

Vale ressaltar que o nome de Dulcina de Moraes esteve em voga nos últimos anos devido ao trabalho de pesquisa e inventário que voluntários desenvolveram na sede da Fundação, em Brasília. As fotos que ilustram o livro são uma pequena amostra dessa pesquisa teatral, museológica e histórica. O livro conta ainda com registros de arquivo pessoal cedidos por nomes do DF que tiveram relação direta com Dulcina, como a pioneira Natanry Osório e a artista Rosina Chaves.
Em fevereiro de 2025, o Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do Distrito Federal, presidido pelo Secretário de Cultura Claudio Abrantes, com relatoria de Junior Ribeiro, revalidou o tombamento do Teatro Dulcina e, numa ação histórica, aprovou o registro do Ideário da atriz no Ensino e Fazer Teatral brasileiro como patrimônio imaterial do DF. O Decreto ainda aguarda sanção do governador Ibaneis Rocha.
QUEM FAZ
Autoras: Ana Maria Lopes e Márcia Zarur
Coordenação Editorial: Maria Cobogó
Coordenação Administrativa: Suene Karim
Coordenação Pedagógica: Solange Cianni
Produção Executiva e Pesquisa Teatral: Josuel Junior
Projeto Gráfico: Beatriz Socha
Revisão: Gabriela Artemis
Consultoria e Promoção de Clubes de Leitura: Claudine Duarte
Consultoria Jurídica: Christiane Nóbrega
Assistentes de Produção: Jullya Graciela e Jhony Gomantos
Assessoria de Imprensa: Ana Maria Lopes
Gestão de Redes Sociais e Audiodescrição: Márcia Zarur
Fotos Originais: Acervo FBT
Este projeto é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal, via Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
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