ARTISTA BEA BALEN SUSIN É ACLAMADA COMO UMA DAS MAIORES PINTORAS DO PAÍS POR PLATEIA NA OCRE GALERIA, EM PORTO ALEGRE
- Josuel Junior - Editoria
- há 2 dias
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A artista visual gaúcha Bea Balen Susin foi aclamada como uma das maiores pintoras brasileiras da atualidade em reconhecimento vocalizado e seguido de demorada salva de palmas da plateia que compareceu à Ocre Galeria para ouvi-la falar sobre sua exposição “Quando o corpo toca a terra”, no sábado (22/11). A mostra individual fica em cartaz no espaço até o próximo dia 29.
Bea, de 79 anos, ex-professora de Artes da UCS (Universidade de Caxias do Sul), sua cidade natal, falou diante do painel de 16 metros de largura, por 1m80 de altura, que pintou inspirada na Mata Atlântica, entre outras obras da exposição, também ligadas à natureza.
A artista disse que seus trabalhos começam sempre sob o comando da emoção, condutora do pincel em gestos livres e largos que desenham e pintam ao mesmo tempo. A razão só entra depois, no momento de avaliar se a obra está “equilibrada”. Para ela, a composição é um fator importante.
Observadora, imaginativa e apaixonada pelas cores, Bea criou uma Mata Atlântica própria, “sua”, conforme observou a curadora, Paula Ramos, que mediou a conversa. Ela é crítica e historiadora da arte e professora do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IA/UFRGS), com Pós-Doutorado na Hochschule Hannover (Alemanha).
O painel multicolorido, que justapõe lado a lado 20 telas de 0,80 m de larg., surgiu depois da artista contemplar e fotografar a Mata Atlântica em visita à praia do Campeche, em Florianópolis (SC), na Páscoa passada. A Mata Atlântica está presente em 17 estados brasileiros.

Bea levou três meses, a partir de maio, para concluir o trabalho a óleo, superando dores decorrentes de problema crônico de coluna. “Não esmoreço, não me entrego. Tenho essa força, não desanimo jamais”. Em razão da altura das telas, ela precisou pintar de cima de um estrado, no seu ateliê, na Capital.
A artista arrancou risos da plateia ao dizer que “tem cores que adoraria que existissem e não existem”. Revelou que lança mão de todas as cores existentes, não excluindo nenhuma delas por não gostar. E confessou invejar animais que, segundo leu, veem cores que os humanos não enxergam.
Recepcionados por Bea e pelos sócios da Ocre, Mara Prates, Felix Bressan e Nelson Wilbert, dezenas de nomes ligados às artes estiveram presentes à conversa, entre os quais Teresa Poester – que mora na França -, Paulinho Chimendes, Maristela Salvatori, Marilice Corona e Mariza Carpes.
A Ocre Galeria fica na Avenida Polônia, 495, bairro São Geraldo.






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