QUANDO A CORTINA FECHA - NO ATO PRODUÇÕES PRECISA DE AJUDA
Em depoimento emocionante, honesto e sincero, Lucélia Freire, da No Ato Produções, falou das dificuldades do período de pandemia. Artistas, amigos e colaboradores têm se mobilizado para que o espaço não feche as portas.

Em vídeo divulgado nesta semana, a diretora, atriz e gestora cultural Lucélia Freire, falou abertamente sobre os riscos que a escola de artes No Ato Produções tem tido no período de pandemia, especialmente, de agosto até aqui. No vídeo publicado no Instagram, a artista fala da importância do apoio de colegas, amigos, alunos e colaboradores para que o espaço siga ativo.

"Não é segredo pra ninguém que antes da pandemia a gente já vinha passando por alguns perrengues... as escolas de arte, as oficinas de teatro. A No Ato Produções não conta e não contou com apoio do governo durante a pandemia. Quando a pandemia chegou a gente estava nas matrículas das turmas do 1º semestre. As turmas aceitaram ficar no formato on-line e foi maravilhoso. Abrimos em agosto duas turmas de workshop on-line, mas no final desse mês me bateu uma angústia. Pensei em fechar a No Ato depois de 13 anos. Ela é a minha única opção de renda, por escolha... Eu escolhi trabalhar e viver assim.
Nesses 13 anos, mais de 2000 alunos passaram por lá. E parte desses ex-alunos, juntamente com a equipe, colaboradores e amigos formaram uma turma para que o espaço se mantivesse firme no mês de setembro, porém, em outubro não houve turma vigente e a situação ficou mais delicada, mediante a crise nacional do setor cultural. Foi lançada, então, uma campanha de arrecadação e apoio coletivo pela internet para que esse importante lugar de arte e cultura não fechasse. Muitos foram os que colaborarm de maneira afetuosa e financeira.
A campanha ainda é válida e qualquer valor pode ser doado por transferência bancária pra que mais uma escola de arte não seja fechada em Brasília. Os interessados em ajudar, podem procurar Lucélia Freira pelo instagram para que ela possa repassar os dados bancários. Basta CLICAR AQUI.
AGORA, A OPINIÃO DO PORTAL CONTEÚDO
A No Ato Produções é um espaço de arte-educação e de criação artística que sempre recomendamos. Recomendamos para jornalistas, repórteres, pessoas que trabalham com comunicação e que, não necessariamente, querem ser artistas. É um lugar de credibilidade dentro da cadeia produtiva do Distrito Federal e modelo de ensino teatral e de gestão administrativa. Foram muitas as edições de Mostras com resultado de curso promovidas pela equipe, muitas temporadas de espetáculos profissionais e muitas ações formativas. Obviamente, a crise feroz e a desasistência generalizada ao setor cultural faz com que até espaços bem sucedidos passem por graves problemas atualmente.
É triste ver teatro fechar. É triste ver espaço cultural devolvendo a sede para as imobiliárias. Nos últimos 10 anos, Brasília perdeu muito nesse sentido. Perdeu o Espaço Mosaico (ótimo teatro da Asa Norte), perdeu o Teatro Caleidoscópio (ótimo teatro de bolso do Sudoeste), perdeu o Teatro Dulcina, que até se mantém vivo, mas com respiradores com pouco oxigênio.
Não existe livre concorrência entre as escolas e espaços de arte em Brasília. Livre concorrência é quando a demanda requer competitividade para garantir o público alvo... mas o público também está desassistido. Por isso, enxergamos aí um problema maior... É um problema de incentivo às artes. É um problema sistêmico
À empresa No Ato Produções, expressamos aqui nossa solidariedade e fazemos o que também tem sido possível de nossa parte: divulgamos. Divulgamos e nos comprometemos a divulgar mais, sempre que possível.
É importante lembrar ao leitor que o risco de fechamento de espaços não é totalmente correlacionado a um gestão cultural dos proprietários desses espaços . Isso os produtores de Brasília fazem bem. O problema é sobre o mínimo de incentivo às artes por parte dos governos locais, regionais e federais.
Conheça a No Ato. Pesquise, investigue, faça parte! É um patrimônio do teatro brasiliense.
"Eu, de fato, acredito que o teatro é uma ferramenta de salvar vidas. É piegas, pode ser clichê, mas é isso mesmo. Agora em novembro, vou lançar um curso que começará, de fato, em dezembro. É importante fortalecer essa rede. Essa é a maneira que a gente tem de continuar nesse momento a gente não sabe como vai ser depois, mas a gente continua."
LUCÉLIA FREIRE
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