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PLINIO PERRU E OS DESAFIOS DA PROFISSÃO DE UM ATOR COMEDIANTE EM 2025.

Ele é ator, comediante e tem uma mente inquieta. Formado em Artes Cênicas pela UnB, Plínio Perru está sempre em busca de novos ares nas artes. Saiba mais na matéria do Portal Conteúdo!

Plinio Perru - Divulgação
Plinio Perru - Divulgação

Ele começou cedo. Aos 15 anos, o morador de Seropédica - Rio de Janeiro - não imagina que uma peça escolar que questionava o descobrimento do Brasil fosse chamar a atenção de colegas das artes. A participação na peça produzida na escola logo se transformou num convite para uma bolsa de estudo num curso de Teatro. No Rio, passou a circular por escolas da prefeitura. Começou ali o ofício.


Plínio se mudou pra Brasília e incorporou ao currículo novas experiências, se arriscando no curso de Licenciatura em Artes Cênicas da UnB.


"Em 2010 fui chamado pelo amigo Hugo Veiga pra fazer uma coisa que estava começando a chegar em Brasília: Um tal de 'Stand up comedy'. Me formei e já oferecia curso em projeto em Brasĩlia e workshop em outros estados. Daí a vida tomou outro rumo muito mais amplo", comenta o ator.


Paralelo ao teatro, o profissional se destacou no segmento audiovisual. Era uma espécie de vontade guardada desde a infância. Aos poucos, foi ganhando confiança e, entre vários testes realizados, começaram a surgir os trabalhos, de fato.


"Com 15 anos fiz um teste pro filme “Cidade de Deus”, mas na hora de encarar a câmera, não sabia muito o que fazer. Aí você ouve que precisa de um agente e esse vai te botar no caminho, só que eu descobri o que era o 'material' e ele era muito caro. Passei a trabalhar com a Anelise Pinto, agente de elenco de Brasília, e então as coisas mudaram para melhor", relembra.

O ator tem vasta experiência no universo audiovisual
O ator tem vasta experiência no universo audiovisual

E, definitivamente, quem não conhece o audiovisual na prática não tem noção do perrengue que é a produção de uma coisa de 30 segundos. Pouca gente vê a saga de atores e atrizes que precisam estar do outro lado da cidade às 6h da manhã, sendo que as gravações começam mesmo lá pelas 10h e seguem até altas horas.


"É visitar vários estúdios por semana fazendo testes, torcendo pra ser escolhido. É gravar um vídeo como se fosse o comercial, pra ver se aquele vai mesmo ser gravado valendo (e, às vezes a campanha é aprovada, mas botam outro ator no seu lugar). E tudo isso sempre bonito, arrumado, bem disposto e convincente. Aí quando fazemos um comercial alguém logo diz: 'ta famoso, vida boa. Trabalho tranquilo!' . Ôoo... mal sabem!"


Além do teatro e da experiência em audiovisual, Plínio Perru também participou como modelo fotográfico em alguns trabalhos, seja de publicidade ou de propaganda.

Plínio Perru e Renata Bittencourt no ensaio "Que gosto tem seu beijo" - Daniel Fama
Plínio Perru e Renata Bittencourt no ensaio "Que gosto tem seu beijo" - Daniel Fama

"Existe uma diferença entre o modelo fotográfico para marcas de moda e para campanhas publicitárias. Acho que fica um pouco fácil saber qual é meu perfil. E com isso fiz campanhas sobre segurança no trânsito, Ministério da Educação e Secretaria de Saúde do DF, etc. Além disso, às vezes aparecem projetos fotográficos super interessantes. Dois que me marcaram muito foi uma exposição chamada 'Boa Sorte: um ensaio', onde foram feitas fotos lindíssimas para chamar atenção ao autocuidado, o afeto com o outro e a solidariedade, e a exposição 'Que gosto tem seu beijo?', uma poesia visual sobre esse gesto que tanto nos move. Ambos produzidos por Josuel Junior e o fotógrafo Daniel Fama."


Quem é artista sabe das multitarefas enfrentadas e exercidas diariamente. É muto comum, por exemplo, que a prática em sala de aula, seja como professor efetivo ou de contrato temporário, é um caminho para uma estabilidade financeira. Além disso, foi na pandemia que os artistas sentiram na pele a dificuldade da vida autônoma.


"Apesar de estar fora do movimento artístico em si durante a pandemia (enquanto realizava outras atividades), vi um sacolejo pesado no setor. Se havia alguma resistência com as tecnologias, ali ela se tornou determinante para a sobrevivência. O fazer teatral deu um salto para as esquetes em redes sociais, as filas no foyer viraram a fome do view e do like e o mais desgastante: perceber que você precisava agora aumentar muito sua produção, afinal o viral de ontem já é passado amanhã. Como já estava cuidando da fábrica de criatividade e ansiedade, quando o mundo percebeu a necessidade disso pós pandemia, eu estava completamente no fluxo. E hoje me percebo não sendo o mesmo de 2018 e nem com as mesmas skills de lá. Daí eu fui desafiado a voltar na brincadeira, quase como um recurso terapêutico", pondera.

Plinio Perru no teatro - Divulgação
Plinio Perru no teatro - Divulgação

Neste recomeço, Plinio se coloca novamente para jogo. No fazer artístico, todo recomeço é lento, gradual e desafiador. Depois de pausas estratégicas, voltar aos palcos (ou as telas) requer uma exposição pública que não é tão fácil.


"Tenho participado de algumas noites de testes de piadas e participação em uma noite de comédia em Brasília. Estou periodicamente participando de noites de comédia Stand up, inclusive organizando novas apresentações. Será que tá saindo um novo show? Também organizando um minicurso de iniciação teatral, uma metodologia de trabalho de palco para artistas não atores e, por fim, um workshop de 'Stand up comedy: do papel ao palco".


Atualmente, Plínio também é host no podcast "Praticamente Nada", participando também do podcast Portal Refil. Quer saber o que o artista tem feito em 2025? É possível acompanhar as reflexões cômicas do dia a dia do ator pelo Instagram e TikTok @plinioperru.

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