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MOSTRA DE ESPETÁCULOS + OFICINAS COM O GRUPO XIX DE TEATRO

O Grupo XIX de Teatro, preparou uma mostra com experimentos cênicos. Cada peça terá duas sessões gratuitas entre 12 e 22 de novembro pelo Zoom.

Considerado um dos mais importantes coletivos teatrais de São Paulo, o Grupo XIX de Teatro completou 19 anos de trajetória em 2020. Por conta da pandemia, a trupe precisou adiar suas comemorações. No entanto, para não deixar a data passar em branco, o coletivo preparou o Projeto XIX Ano 19: Crise e Insurreição, uma mostra com os experimentos cênicos criados em seus núcleos de pesquisa orientados por Janaina Leite, Juliana Sanches, Luiz Fernando Marques, Rodolfo Amorim e Ronaldo Serruya. Cada espetáculo tem duas apresentações grátis, entre os dias 12 e 22 de novembro, por meio da plataforma Zoom.


Além disso, estão abertas as inscrições para as novas oficinas dos núcleos de pesquisa formadas com encontros virtuais. Desde 2005 o grupo desenvolve esse projeto de oficinas teatrais gratuitas de longa duração, que têm como objetivo promover um intercâmbio entre artistas de diversas formações, estudantes de artes e outros interessados em vivenciar uma experiência artística.


MOSTRA DE EXPERIMENTOS CÊNICOS

Todos os espetáculos serão transmitidos via plataforma Zoom


ACORDA, ALICE! ATAVÉS DA TELA!

Dias 12 e 14 de novembro – Quinta-feira, às 21h, e Sábado, às 19h

O ponto de partida é a chegada de seis mulheres em um espaço de encontro digital habitado por outras, que parecem saber sobre o tempo e sua passagem. As recém-chegadas perguntam e demonstram insegurança quanto as horas, os dias, os anos. Nesse jogo, todas se misturam e se contagiam numa dança de cumplicidade e sororidade.


MEMÓRIAS DE CABECEIRA

Dias 13 e 15 de novembro – Sexta e domingo, às 20h 

O espetáculo materializa, em uma experiência cênica, o plano da memória dos atores sobre seus avós e desperta as lembranças do público sobre seu próprio passado, que permanece ocupando o presente em forma de saudade. Através da investigação da memória dos atores, a história de quatro avós é remontada.


PLANTAR CAVALOS PARA COLHER SEMENTES

Dias 14 e 15 de outubro – Sábado, às 21h30, e Domingo, às 18h 

Livremente inspirada no manifesto Falo Por Minha Diferença, do ativista chileno Pedro Lemebel, a peça é um manifesto de caráter performativo que coloca em cena corpos que podem falar sobre aquilo que vivem, corpos a quem comumente não é dada a chance de ocupar esse espaço de poder que é também o teatro. A peça é a denúncia de um corpo que está morrendo, e que precisa gritar para se manter vivo.


FEMININO ABJETO 1 + bate-papo com diretora e performers

Dia 20 de novembro – Sexta-feira, às 20h

Com orientação de Janaina Leite, o núcleo se apoiou sobre a obra da artista espanhola Angélica Liddell e sobre o conceito de "abjeção" proposto por Julia Kristeva para investigar as representações do feminino hoje. Performado unicamente por mulheres e duas pessoas não-binárias, o trabalho tomou por eixo principal a figura de uma mãe “mais arcaica que real”, como campo de recusa, mas também identificação em relação a certa “transmissão da feminidade”.


MOSTRA ABJETA III

Dia 21 de novembro – Sábado, das 14h às 18h 

Já realizada no Teatro de Contêiner e no Teatro Centro da Terra, a Mostra Abjeta é uma reunião de trabalhos autorais desdobrados a partir ou em relação à experiência de Feminino Abjeto 1. Entre trabalhos em processo ou já estreados, essa mostra propõe uma versão on-line desses experimentos, revelando a apropriação singular de cada artista a partir das questões originais, mas desdobradas em trabalhos autorais que exploram performance e gênero no teatro. Cada sessão é finalizada com um bate-papo. 


ILARIÊ, de Ramilla Souza: Ramilla tem um obsessão pela Xuxa dos anos 90. Ela revisita suas memórias de infância e a construção da própria subjetividade a partir dessa referência. Duração: 20 minutos.


CHEF PSI - COMO COMER COMO COMO, de Maíra Maciel: Chef Psi é uma estranha psiquiatra e chef de cozinha que tenta preparar o prato perfeito. Nessa preparação, ela traz memórias e pensamentos sobre o processo de transformação do animal na comida e da comida no corpo das pessoas. Duração: 35 minutos.


CORPO ERRADO, de Florido Fogo: Abrir os buracos da corpa para negar a entrada das expectativas cisge^neras koloniais. Imagens de horror, deboches, delírios e monstruosidades para acessar dramaturgias da trans-fisicalidade ancestro/futura e eufórica. Duração: 40 minutos


NÃO ELA: O QUE É BOM ESTÁ SEMPRE SENDO DESTRUÍDO, de Oliver OliIvia e Lucas Miyazaki: Um retrato de um casal que começou a morar junto ao mesmo tempo em que um deles começou seu processo de transição de gênero: um homem cisge^nero que percebe seu então companheiro trans masculino. E´ a exposição de um texto-depoimento-carta inteiro de autoria do dramaturgo cisgênero. Uma peça sobre transfobia, machismo, misoginia e amor. Duração: 25 minutos.

Tudo e´ Lindo em Nome do Amor, de Bruna Betito e Debora Rebecchi: E´ uma travessia cênica através do mito do amor romântico. Para essa versão remota, duas atrizes invocam clichês do nosso imaginário amoroso e compartilham com o público uma festa de casamento virtual. A experiência pretende abrir caminhos para questionar papéis de gênero e os modos como fomos ensinados a amar. Duração: 40 minutos


SALIVAS, de Emilene Gutierrez: O trabalho parte de uma escavação individual onde a carne-gordura-baba-vi´sceras tomam o espaço central, pornograficamente explícitos, do processo. E´ tentativa de tornar corpo uma espécie de subjetividade feminina, buscando encontrar possíveis caminhos/espaços entre a origem e o fim das coisas, dos desejos, dos abismos. Duração: 35minutos


FEMININO ABJETO 2

Dia 22 de novembro – Domingo, às 19h

Em 2018, Janaina Leite propôs uma nova investigção a partir da figura da mãe. Agora, está em um núcleo de pesquisa composto por 34 homens e duas pessoas não-binárias. Se o masculino se constroi como “reatividade ao feminino”, como propõe Safiotti, em Feminino Abjeto 2, analisou as relações com as figuras arcaicas de pai e mãe, a fim de encontrar a gênese de uma virilidade que se confunde com violência e autoritarismo.


NÚCLEOS DE PESQUISA DO GRUPO XIX DE TEATRO

Curso on-line pela plataforma Zoom.

Grátis.


A CRISE DO DISCURSO COMO SUBSTANTIVO MASCULINO

Orientação: Juliana Sanches

Colaboração: Claudia de Souza.

Período: 12/11 a 17/12, às segundas e quintas-feiras, das 15h às 17h.

Inscrições: até 31 de outubro pelo link https://cutt.ly/nucleojuliana

Vagas: 20. 


A ideia é analisar a crise poética atual em que vivemos na cena. Como o que se diz não é mais suficiente para deslocar os corpos ou criar uma suspensão? Como muitas vezes, o texto vira uma tese a se defender em cena? Quais as possibilidades de negar essa função do texto, transformando os corpos em ideias.


ESTUDOS SOBRE O OLHO

Orientação: Janaina Leite.

Colaboração: André Medeiros Martins, Lara Duarte, Mateus Capelo e Anita Saltiel.

Período: de 09/11 a 14/12, às segundas, das 19h às 21h.

Inscrições: Até dia 30 de outubro às 18h pelo link https://cutt.ly/nucleojanaina

Vagas: 20. 


Partindo da novela História do Olho de Georges Bataille, a pesquisa toma como mote o corpo e a imagem pornográfica. Para além dos temas que podem ser discutidos através da pornografia, como sexualidade, erotismo e representações de gênero, interessa as provocações que a pornografia traz à estética ao colapsar pares dicotômicos como arte/não arte, sexo simulado/sexo real, atuação/performance, fruição estética/ interesse lascivo, contemplação/consumomasturbatório, ficção/documento,metaforicidade/literalidade. 


A ARTE QUEER DO FRACASSO

Orientação: Ronaldo Serruya.

Período:  de 05/11 a 17/01, às quintas-feiras, das 19h às 21h.

Inscrições: Até 3 de novembro às 22h pelo link https://cutt.ly/nucleoronaldo

Vagas: 20. 


Tendo como plataforma de trabalho a obra A Arte Queer do Fracasso de Jack Halberstam, um dos mais instigantes teóricos queer da atualidade, o núcleo pretende investigar alternativas e rotas de fuga numa sociedade obcecada por uma ideia heteronormativa de sucesso a partir da pergunta-central que abre o livro: “O que vem depois da esperança?” Admitindo a experiência queer como um atravessamento intimamente ligado ao  falhar, ao perder, ao esquecer e ao desfazer, não como negação ou desconstrução apenas, mas como um estilo de vida, a ideia é investigar a recusa do triunfo como ato subversivo, a opção do fracasso como um caminho claramente pelas margens, como uma maneira de se recusar a aquiescer a lógicas dominantes de poder e disciplina e como forma de crítica. 


VERDADE

Orientação: Rodolfo Amorim.

Colaboração: Clayton Mariano.

Período: de 10/11 a 15/12, às terças-feiras, das 19h às 21h

Inscrições: Até 4 de novembro pelo link https://cutt.ly/nucleorodolfo

Vagas: 20.


Esse Núcleo de Pesquisa se debruçará sobre as possibilidades e construções da noção de verdade, utilizando como base o livro O Barco Farol, de Siegfried Lenz. A partir dessa obra, elaborar experimentos cênicos sobre “a verdade”, que pode significar o que é real ou possivelmente real dentro de um sistema de valores. Esta qualificação implica o imaginário, a realidade e a ficção, questões centrais tanto na antropologia cultural, nas artes, na filosofia e na própria razão. O livro narra a história de um navio farol que é atacado e ocupado por piratas. 


O CINEMA COMO PRESENÇA

Orientação: Luiz Fernando Marques (Lubi).

Período: de 29/10 a 16/12, às quartas-feiras, das 16h às 18h.

Inscrições: Até 2 de novembro pelo link https://cutt.ly/nucleolubi

Vagas: 20. 


Este núcleo pretende fazer um estudo cênico/digital a partir da cena de um filme. A ideia é um estudo teórico prático que busque exatamente tencionar os limites entre a cena teatro e cena cinema levando em conta as teorias do cinema como presença, do cinema como fantasmagoria e outras técnicas do chamado pós-cinema. Durante o núcleo serão feitos exercícios e dinâmicas que terão como estudo de caso a cena/filme de cada inscrito. Explorando o corpo e voz na tela, gerando impacto a partir de estratégias que também levem em consideração o estímulo a sensorialidade do espectador no processo de recepção. 


SOBRE O GRUPO XIX DE TEATRO

Desde 2001 o Grupo XIX de Teatro desenvolve pesquisa autoral que deu origem aos espetáculos Hysteria, Hygiene, Arrufos, Marcha Para Zenturo (em parceria com o Grupo Espanca), Nada Aconteceu, Tudo Acontece e Tudo Está Acontecendo, Estrada do Sul (em parceria com o Teatro Dell’Argine) e Teorema 21. A exploração de espaços não-convencionais, a criação colaborativa e a relação direta com o público nas encenações são elementos constitutivos dessa trajetória. Todos os espetáculos seguem em repertório até hoje tendo sido apresentados em quase uma centena de cidades pelo Brasil e cinco países do mundo com as encenações realizadas em inglês, italiano e francês.


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