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Josuel Junior - Editoria

GU DA CEI PROMOVE A EXPOSIÇÃO "MOSTRA "VIGIE, CORPO-TRANSPORTE!"

A exposição será realizada de 9 a 30 de abril, das 14h às 18h, na Galeria Risofloras, em Ceilândia.

Continuando seu trabalho de fomentar as artes visuais em Brasília, a Galeria Tachotte & Co apresenta a mostra “Vigie, corpo-transporte!” do artista representado Gu da Cei, com curadoria do artista, pesquisador e arte educador Elilson Nascimento (PE).


Em “Vigie, corpo-transporte!”, primeira exposição individual de Gu da Cei, são agrupados um conjunto de trabalhos de vídeos, objetos e fotografias que se entrelaçam circularmente. Na mostra, a intensa produção de Gu da Cei traz à tona o direito de “contravigiar”, ressignificando não apenas nosso direito ao espaço urbano, à mobilidade e à privacidade, como também à prática do coletivo e do público.


No dia 09 de abril, às 16h, dia da abertura ao público, haverá um bate-papo com o artista, curador e a pesquisadora Luisa Gunther sobre a exposição e produção do artista ceilandense, o evento é gratuito e aberto para todo o público. As intervenções com projeções a laser que o artista fez na Caixa d’água de Ceilândia, ponto turístico e marco histórico da cidade, homenageia a população e estampa temporariamente no monumento frases que recontam a história: os ceilandenses “não são invasores” como afirmava a Campanha de Erradicação de Invasões na consolidação de Brasília; e se “isso” – a intervenção urbana e artística – parece uma “invasão”, que fique bem enunciado para todas e todos que, afinal, “O Brasil é uma invasão”.


Esse gesto de provocar verbalmente um acesso ao direito de se contar a própria História e reivindicar as identidades reais dos espaços públicos também aparece nas placas “Aqui cabe uma praça”, instalada na calçada da Caixa d’água, e “Vila do IAPI – Esse território pertence à Ceilândia”, instalada em frente ao Museu Vivo da Memória Candanga, território que abrigava as famílias removidas para Ceilândia e que, hoje, é um Setor de Mansões.


No vídeo “Furar Passagens” (2021), o artista está a bordo de um ônibus de linha e tatua, em seu próprio corpo, o percurso percorrido e desníveis topográficos. Em “Passa em Sobradisney” (2019), Gu usa imagens do sistema de reconhecimento facial do transporte coletivo para criticar e ironizar o atual governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que à época, contraditoriamente, queria restringir o passe livre estudantil e trazer a Disney para a região de Sobradinho.


SOBRE A GALERIA RISOFLORAS

A Galeria Risofloras é lugar de ação, experimentação e formação da nova geração de artistas. Construção e rompimento de pontes entre universos da arte contemporânea. Inaugurada em 2018, recebeu o nome "Risofloras" em homenagem ao coletivo de mulheres artistas urbanas que nasceu no Jovem de Expressão. Descentralização cultural e desenvolvimento regional. Galeria Risofloras, umas das poucas do tipo fora do Plano Piloto, é um espaço de impulsionamento de jovens talentos que trabalham em busca de oportunidades e reivindicam territórios próprios de valorização da arte. Salienta a urgência de transformar espaços de opressão em espaços de descoberta e experimentação artística, como é o caso da Galeria Risofloras, -um antigo posto policial abandonado- que hoje é ocupada para dar lugar à arte e à cultura.


Gu da Cei vive e trabalha em Ceilândia/DF. É filho de maranhenses, artista visual, produtor cultural, curador da Galeria Risofloras, bacharel em Comunicação Social e mestrando em Artes Visuais pela Universidade de Brasília. Desenvolve o seu trabalho artístico no âmbito da intervenção urbana, instalação, poesia, performance e vídeo, além de buscar compreender as possibilidades dialógicas entre processos históricos e contemporâneos da fotografia, bem como seus espaços de exibição e circulação. Discute vigilância, imagem, direito à cidade e transporte coletivo.


Elilson Nascimento é artista, pesquisador e professor. Doutorando em Artes Visuais na USP, é Mestre em Artes da Cena pela UFRJ e Graduado em Letras pela UFPE. Seu principal foco de pesquisa são as inter-relações entre arte da performance e mobilidade urbana. Publicou dois livros: “Por uma mobilidade performativa” (Editora Temporária, 2017) e “Mobilidade [inter]urbana-performativa” (via Rumos Itaú, 2019).


Luisa Gunther é professora do Departamento de Artes Visuais da Universidade de Brasília, atua como pesquisadora no Programa de Pos Graduacao - Arte, na linha de pesquisa -Deslocamentos e Espacialidades-. Por entre diferentes e distintos interesses, desenvolve considerações verbovisuais em: desenho/grafismo/ilustração; metodologias para o ensino de artes; escritos de artista/livroobjeto/intermidia; métodos de pesquisa em artes; performance/fotodança/dança contemporânea; panfletagem e mecanismos de circulação; sociologia da arte e crítica cultural.


PROGRAME-SE

Abertura: 09/04 Conversa com artista, curador e pesquisadora dia 09/04 às 16:00

Encerramento: 30/04 Segunda a sábado: 14h às 18h Visitação Livre, gratuita

Endereço: Galeria Risofloras | Ceilândia Norte EQNM 18/20 - Ceilândia, Brasília - DF, 72210-553


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