O novo trabalho do artista, chamado "Aperreável nº 9", integrará a programação do tradicional Festival Santista de Teatro - O FESTA. O público que comparecerá poderá ficar sem roupa.
O artista visual Arthur Scovino tem participado de exposições individuais e coletivas dentro e fora do país como artista independente. No início do mês, esteve em Brasília para a abertura da Exposição do Coletivo MasKarada . No entanto, está com diversas exposições simultâneas por todo o país. Em seu próximo trabalho, o público também é convidado a assistir à obra nu.
Arthur Scovino é um artista multidisciplinar que trabalha com performance, vídeo, fotografia, desenho e instalações que investigam o pensamento artístico contemporâneo através de sua relação com o outro, a vivência em seu ateliê e as cidades que transita. O artista dialoga diretamente com um expoente e fiel público: o da internet! Numa poética que se relaciona fortemente com a frase de Hélio Oiticica que diz que "o museu é o mundo", afinal, a arte transborda a instituição e se divide em mil pedaços dentro da própria narrativa. Atualmente presta consultoria para artistas e criadores de conteúdo que querem ingressar no universo das "outras redes", dando noções básicas para engajamento, regularidade de conteúdo e linguagem semiótica para aprimorar o processo criativo e realização de projetos.
Nos últimos anos, tem realizado exposições no Brasil e no exterior desde que foi premiado no Salão de Artes Visuais da Bahia em 2013 e indicado algumas vezes ao Prêmio PIPA. Participou da 3ª Bienal da Bahia e da 31ª Bienal de São Paulo e fez sua primeira exposição individual em Moscou.
Ano passado, numa passagem rápida por Brasília e Goiás, registrou o Imaginário popular da Trezena de Santo Antônio na cidade de Santo Antônio do Descoberto, participou de entrevistas e visitou algumas galerias da cidade. Em Brasília, apresentou sua performance numa apresentação única na Galeria Index, que esteve lotada na noite de abertura
Além de participar dessa ação com o Coletivo Maskarada, Scovino esteve recentemente em três exposições no momento com obras distintas. Na mostra “Bloco do Prazer”, no MAR, Museu de Arte do Rio, com curadoria de Marcelo Campos, Amanda Bonan, Thayná Trindade, Amanda Rezende, Jean Carlos Azuos e Bitú Cassundé, expõe sua instalação “Levando os elepês de Gal para passear”, seu primeiro trabalho premiado de 2013. Na exposição "Falo (de) Erotismo", com curadoria de Suyan de Mattos e texto de Clarisse Tarran na Galeria Vórtice Cultural, expõe sua mais nova obra - "Aperreável nº 9" no Centro Histórico de São Paulo. Já na Casa de Cultura do Parque, também em São Paulo, exibe o filme "Lágrimas de Nossa Senhora" dentro da exposição "Rio, e também posso chorar", com curadoria de Claudio Cretti.
"Aperreável nº 9" explora a relação entre homem e máquina, da paixão à obsessão, em um cenário secreto no centro histórico da cidade. O espetáculo é confessional, aberto a participações, e voltado para um público de maiores de idade e a nudez é opcional e convidativa a esse público.
TRÊS PERGUNTAS PARA O ARTISTA:
Na internet, esse novo trabalho, o Aperreável, já desperta curiosidade do público com sua interação com diferentes escavadeiras na orla da praia. Adaptá-lo para um contexto teatral num dos mais importantes de SP te desafia de que modo?
O desafio é justamente fechar o processo. Perceber que está pronto, mesmo sendo aberto, participativo e que a cada dia pode acontecer algo diferente. Encaro como uma performance, mas nesse caso, no local onde é apresentada e pelo convite de público bem limitado, participar desse festival vai ser desafiador.
Arthur, o que significa Aperreável # 9? Por que você escolheu esse título para a obra?
É um título que dou às minhas séries que, de certa forma, são incômodas no processo e na apresentação, tanto pra mim quanto para o público. Como num jogo.
Com a apresentação no festival, você transita assumidamente entre a performance e o teatro e ainda convida o público a se despir. Como vê esse movimento?
Durante a residência artística que estou fazendo no Jaro Ateliê, acabei desenvolvendo uma apresentação que foi se complementando a cada open studio. Agora, no festival, é um convite com data e hora marcada onde apresento essa experiência em tom confessional e participativo. Tudo sobre minha relação com as escavadeiras que não conto nas redes sociais.
PROGRAME-SE
Mostra Paralela - Festival Santista de Teatro
Dias: 24 e 31/08 - Sábados, às 22h
Local do encontro: Em Frente ao Museu do Café
Classificação indicativa: 18 anos
Para assistir, é necessário acessar o formulário na bio e ver disponibilidade, pois a plateia é reduzida
FESTA 66 - De 23/08 a 1º/09
Programação: @festafestivalsantistadeteatro
SIGA O ARTISTA NAS REDES: @arthurscovino
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