COMPANHIA DELAS COMEMORA 20 ANOS DE TRAJETÓRIA
Em 2020, em plena Pandemia do Coronavírus, a Companhia Delas trabalhou para levar ao meio digital sua pesquisa sobre Mulheres e Ciência. Agora, para comemorar seus 20 anos de história, as atrizes contam a história de Maria Sibylla Merian numa websérie em 5 episódios.

Há 20 anos, as atrizes Ciça Magalhães, Fernanda Castello Branco, Julia Ianina, Paula Weinfeld e Thaís Medeiros decidiram, ainda adolescentes, no Teatro Escola Célia Helena, formar uma companhia para fazer teatro do jeito delas.
Com 16 prêmios no currículo e sucesso de críticas, a Companhia Delas inicia as comemorações de duas décadas de história, a partir de 24 de fevereiro, com a websérie Maria e os Insetos, que conta, para crianças, a trajetória de Maria Sibylla Merian, nascida na Alemanha em 1647, que combinou ciência e arte para se tornar uma das maiores ilustradoras científicas de todos os tempos.
O trabalho foi concebido para o teatro com direção de Thaís Medeiros, com as atrizes Julia Ianina, Fernanda Castello Branco e Paula Weinfeld no elenco e chegou a estrear no Sesc Consolação em fevereiro de 2020 com ingressos esgotados e fila de espera em todas as sessões Com a pandemia, as atrizes decidiram que desdobrariam o trabalho para o audiovisual com a proposta de “ser gostoso de assistir em casa, mas que também tenha um gostinho de teatro”.
Buscaram uma equipe audiovisual para ajudar na missão e chamaram para formar a time o Murilo Alvesso (Assum Filmes), que entendeu o desejo da companhia e encaminhou a filmagem de forma viva, pulsante, reafirmando a todo momento a teatralidade do registro. A direção de arte fica por conta da experiente atriz, artista plástica e figurinista Mira Haar, uma das criadoras do Pod Minoga na década de 60 e também conhecida pelos seriados Rá-Tim-Bum e Mundo da Lua, da TV Cultura.
A websérie com 5 episódios, com média de duração de 15 minutos cada, será disponibilizada gratuitamente no Youtube e foi gravada durante quatro dias, em setembro de 2020 no Sesc Santo André. “O grande desafio foi entender como fazer a peça sem buscar o olhar das crianças na plateia, que é algo muito importante para nós. A gente precisou criar uma nova relação com quem nos assiste através da câmera. E nessa nova experiência, a câmera era nosso público imaginário”, contam as atrizes.
Para a companhia, contar a história de Maria Sibylla Merian durante a pandemia é muito oportuno, já que estamos vivendo um momento que escancara a necessidade de entender e valorizar o papel da ciência. “Nessa pesquisa descobrimos que artistas e cientistas têm tudo a ver. Ambos precisam ser criativos e curiosos, ambos fazem perguntas e buscam respostas. As crianças também têm essas qualidades e se identificam com o desejo de entender o mundo. Por isso a gente ama contar histórias de mulheres que enfrentaram a ignorância e a intolerância para entender e melhorar o mundo em que viviam”, comentam as integrantes da Companhia Delas.
Quem foi Maria Sibylla Merian e por que contar sua história?
Desde jovem, Maria começou a coletar insetos para estudar seus comportamentos. O padrasto ensinou-a a pintar, habilidade que ela usou para ilustrar os diferentes estágios da vida de seus insetos favoritos. Maria se interessava especialmente pelas borboletas. Na época, ninguém entendia realmente a conexão entre as lagartas e as borboletas. Em 1679, ela publicou um livro sobre metamorfose, repleto de anotações científicas e ilustrações.
A partir daí a vida de Maria mudou drasticamente. Ela deixou o marido e levou a mãe e suas duas filhas para a Holanda. Elas se juntaram a um grupo religioso estrito que tinha laços com uma colônia holandesa na América do Sul, o Suriname. O grupo religioso mal administrado acabou se desfazendo, mas o interesse de Maria pelo Suriname permaneceu. Aos 52 anos de idade, curiosa a respeito dos novos insetos, Maria desbravou as florestas da América do Sul. Ela documentou insetos nunca vistos antes e enfrentou os perigos da chuva e do calor. Infelizmente, a viagem terminou antes do previsto, pois ela contraiu malária e teve que voltar à Europa. Mas ela já tinha feito as ilustrações de que precisava para criar seu maior livro. “A metamorfose dos insetos do Suriname” foi publicado em 1705 e se tornou um sucesso em toda a Europa. O trabalho de Maria ajudou os cientistas futuros a classificar e entender os insetos. Suas ilustrações belas e detalhadas surpreendem e ensinam pessoas até hoje.
SINOPSE No início do século XVII uma mulher decide explorar sozinha as enigmáticas florestas tropicais do Suriname. Lá ela encontra calor, umidade, plantas exóticas e… insetos! O que para alguns era motivo de repulsa, para ela era material de pesquisa. Seu olhar e paciência em acompanhar o processo de metamorfose das borboletas revolucionou a maneira como esses animais foram compreendidos. A vida de Maria nos fala sobre determinação, coragem e persistência.
PROGRAME-SE
Todos episódios e atividades complementares serão disponibilizados no Canal de Youtube da COMPANHIA DELAS: https://www.youtube.com/channel/UCJxsils9vNxFRqyXzmQBUaA
Os 05 episódios serão lançados sempre às quartas-feiras às 11h, nos dias 24/02, 03, 10, 17 e 24/03.
Os 06 vídeos com atividades propostas pelo Coletivo Miudezas serão lançados sempre às sextas-feiras às 11h, nos dias 26/02, 05, 12, 19 e 26 (os dois últimos serão lançados no mesmo dia).
As CONVERSAS DELAS serão 3 LIVES com convidadas especiais que acontecerão sempre às segundas-feiras às 20h, nos dias 08, 15 e 22/03.
Atividades complementares - LIVES
Além da websérie, que vai ser disponibilizada também na versão acessível, o projeto conta com CONVERSAS DELAS, 3 lives que acontecem nos dias 08, 15 e 22 de março, às 20h.
1ª CONVERSA (08/03, 20h) - "Uma conversa sobre acessibilidade, convivência e o teatro.", com participação de Paula Lopez e Pauline Luise Fonseca; -
2ª CONVERSA (15/03, 20h) - "Uma conversa sobre referências para o imaginário infantil" com a participação de Beth Carmona e Gabriela Romeu;
3ª CONVERSA (22/03, 20h) - "Uma conversa sobre a divulgação de histórias de mulheres que mudaram o mundo" com a participação de Angélica Kalil e Duda Porto de Souza.
QUEM FAZ
Direção: Thaís Medeiros
Dramaturgia Original: Fernanda Castello Branco, Julia Ianina, Paula Weinfeld e Thaís Medeiros
Elenco: Fernanda Castello Branco, Julia Ianina e Paula Weinfeld
Direção de Arte: Mira Haar
Iluminação: Wagner Freire
Trilha Sonora Original: Arthur Decloedt
Gravações de Campo: Projeto Sonora – MIHNA (Museu Imaginário de História Natural da Amazônia)
Preparação Corporal: Mauricio Flórez
Consultora de Biologia: Profa. Me. Elaine Machado
Vídeo Metamorfose: Cia. Pavio de Abajour
Aderecista: Carlos Rebecca
Flipbook: Victor Merseguel
Animação Imagens Flipbook: André Catoto
Modelagem e Costura: Ateliê Judite de Lima
Chapéus: Fabio Namatame
Pintura Piso e Cavaletes: Fabin Cenografia Equipe
Design Painel e Identidade Visual: Lorota
Design Reproduções e Estudos: Theo Haar de Souza
Cenotécnico: Mateus Fiorentino Nanci
Contra-regra: Jean Marcel Silva
Assistente de Iluminação: Alessandra Marques
Operação de Luz: Sylvie Laila
Vozes: Carlos Moreno, Luiza Lian e Mira Haar
Violão: Sessa
Operação de Som: Samuel Gambini
Assessoria em Acessibilidade, Roteiro e Narração de Audiodescrição: Paula Souza Lopez
Consultoria de Audiodescrição:Felipe Mianes
Captação de voz: Estúdio Bside
Intérprete de Libras: Paloma Bueno
Consultoria em libras: Natalia Francisca Frazão
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Assessoria de Marketing Digital: Letícia Vitale
Comunicação e Estratégia de Mídias Sociais: Ó! Serviços Criativos
Gerenciamento e Inteligência do Canal: Juliana Piva
Design Gráfico Websérie: Designeria
Fotografia e Vídeo Metamorfose: Ligia Jardim
Edição Vídeo Metamorfose: Pedro Jorge
Direção Audiovisual: Murilo Alvesso
Câmeras: Murilo Alvesso, Jorge Yuri, Rogério Dragoni
Montagem e Finalização: Murilo Alvesso
Som direto: Tomás Franco
Grafismos: João Marcello Costa
Apoio Institucional: Goethe-Institut
Produção Executiva: Cecília Magalhães
Produção Geral: Segunda Casa Produções Culturais
Idealização: Companhia Delas de Teatro
Produção Audiovisual: Assum Filmes