O álbum Beto Rensi e Parceiros já está disponível nas principais plataformas musicais, como Spotify, Youtube Music, Apple Music, Deezer, Amazon Music e Tidal.
Paulo Vanzolini, zoólogo, Beto Rensi, zootecnista, o que eles têm em comum? A paixão pela canção popular e o prazer de compor letras inspiradas no cotidiano brasileiro. Não por acaso, o disco Beto Rensi e Parceiros, que acaba de ser disponibilizado nas principais plataformas digitais, distribuído pela Tratore, fecha com a canção Samba pra Vanzolini, uma exaltação em homenagem ao mestre que tanto inspirou e inspira o mais novo letrista das principais rodas boêmias de São Paulo. Gravado nos estúdios do prestigiado músico e compositor Mário Gil, o álbum tem direção artística de Cezinha Oliveira e estelar constelação de músicos e intérpretes.
Um álbum de autor, todas as músicas tem as letras assinadas exclusivamente por Beto Rensi. Paulistano de nascença, e sempre radicado na capital, viveu intensamente a infância e a adolescência na cidade natal de seu pai, Santa Cruz do Rio Pardo, interior de São Paulo, resultando para que algumas das composições tenham pegada fortemente inspiradas nos ambientes rurais, embora seu repertório vá muito além disso, com sambas, choros e boleros. O disco abre com Jornada de Peão, uma melodiosa moda de viola com encaixe inspirado de música e letra, interpretada por Victor Mendes, que também assina a composição musical junto com Karla Dallmann. Segue com Rosas para Santa Cruz, choro canção de esplêndida construção poética coroada pela voz suprema de Renato Braz, e baseada na cidade natal do pai. Além do violão e baixo de Cezinha Oliveira, presença marcante do clarinete de Alexandre Ribeiro, um dos principais instrumentistas de sua geração.
De inspiração lírica e exuberante Vento Forte arrebata pela construção poética e musical. Interpretada por Elaine Morie e Victor Mendes, que também toca viola caipira, tem composição musical de Pratinha Saraiva, mais um conhecido músico das noites paulistanas. A quarta canção, O Boto, é o momento de revelar o canto expressivo e singular de Karla Dallmann, um verdadeiro acalanto na alma. Parceira musical mais freqüente de Beto, presente em oito, das onze faixas do disco, é também umas das principais incentivadoras para que o letrista poeta compusesse canções em parceria. Segue com Geada, uma guarânia de arranjo monumental feito por Cezinha Oliveira, o diretor artístico do álbum, que assina todos os arranjos, com exceção apenas da primeira canção. Com interpretação potente de Elaine Morie, vale também destacar a percussão de André Rass, presente em dez das onze composições.
A sexta canção, Olhos de Atriz, apresenta um dueto sublime entre Renato Braz e Karla Dallmann, que também assina a composição musical. Tudo é poesia em estado bruto. A interpretação inspirada de Lilian Estela anuncia Ana Querida, bossa nova clássica floreada pelo flugel horn de Rubinho Antunes. Chorando ao Amanhecer é tudo de mais belo e poético que um choro canção pode oferecer, motivada pelas noites de boemia. Multi-instrumentista e arranjador, Cezinha Oliveira também interpreta esta canção. Difícil falar em boemia sem um bom bolero no repertório, e Recomeço exalta o gênero com maestria, na voz suave e expressiva de Tião Preto, temperada pelo ótimo trombone de Rubinho Antunes, com André Rass na percussão e Cezinha, no violão e baixo.
A cadência de um samba revela Alma da Lágrima, exuberante construção poética emoldurada na interpretação inspirada de Karla Dallmann. O disco termina com versos precisos e biográficos para homenagear Paulo Vanzolini, grande inspiração e modelo para Beto Rensi. Composição musical e interpretação de Mau Sant’Anna, mais um expoente das noites paulistanas. Paisagens, amores, alegrias, dissabores, aventuras, poesia e canção, uma aventura poético-musical saborosa e inspiradora para cravar nos corações e mentes.
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Beto Rensi e Parceiros:
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