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COLETIVO COMUM ESTREIA "OS GRANDES VULCÕES"

A peça reforça um dos traços mais recorrentes do Coletivo, que é fazer a dupla investigação sobre a realidade social do país e do mundo, e também sobre as possibilidades da arte e do teatro em responder aos perigos da época em que vivemos.

Foto - Liênio Medeiros

O Coletivo Comum (antiga Kiwi Companhia de Teatro) inicia no dia 23 de abril, sexta-feira, 20h, o espetáculo inédito Os Grandes Vulcões, monólogo inspirado no discurso de Harold Pinter (1930 - 2008) - um dos mais importantes dramaturgos do século XX - ao receber o Prêmio Nobel de Literatura em 2005. Interpretada por Fernanda Azevedo, a peça tem roteiro, pesquisa musical e direção geral de Fernando Kinas. A exibição, um registro híbrido, entre o teatro e o cinema, acontece pelo Youtube do grupo. O projeto tem apoio do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.


O espetáculo reforça a linguagem do teatro documental exercitada pelo Coletivo Comum e parte da ideia provocativa de Pinter, que em seu contundente discurso intitulado Arte, verdade e política, propõe uma análise crítica sobre a política externa dos Estados Unidos da América e da Inglaterra, além de discutir a capacidade do teatro em expressar a verdade. Debilitado há́ anos por um câncer, Pinter gravou em vídeo a sua fala, que foi apresentada no evento e gerou grande repercussão internacional, suscitando muitos elogios, mas também críticas de setores sociais conservadores.


O momento em que vivemos, de pós-verdade, ascensão de fake news, pensamento único, polarização ideológica e mentiras sendo reivindicadas como verdades também sustenta o andamento da peça. Em tempos de pós-verdade e fake news, o bom atrito entre teatro e sociedade pode projetar alguma luz sobre nossa realidade e nossas vidas.

SOBRE OS ELEMENTOS CÊNICOS

No palco há um globo terrestre ilustrado com um mapa de 1570, o primeiro a fazer parte de um Atlas no mundo ocidental. Além da imagem ser muito adequada ao tema da geopolítica, um dos objetos do trabalho, esta representação do nascente mundo capitalista também traz a imagem de uma interpretação da realidade e o exercício do controle sobre ela. E estes termos (representação e interpretação) estão diretamente ligados à experiência teatral, outro tema do trabalho. Este mapa é um dos primeiros em que aparece o nome do Brasil, esta mercadoria que, talvez, um dia se transforme em nação.


O mapa foi transformado em um globo com 2,5 metros de diâmetro. "O objeto, além da beleza, tem grande eficiência cênica, porque relembra fisicamente aos espectadores aspectos como as políticas intervencionistas e o processo de globalização", diz o diretor.

Uma série de fotografias usadas em cena, associadas ao texto, às imagens de arquivo e ao conjunto da encenação permitem construir uma série de significados sobre operações políticas e midiáticas.

SOBRE A COMPANHIA

A Kiwi Companhia de Teatro surgiu em 1996 e produziu cerca de vinte montagens teatrais. O grupo também realizou leituras dramáticas de autores como Samuel Beckett, Franz Kafka, Hilda Hilst, Elfriede Jelinek, Heiner Müller, Julio Cortázar, Martin Crimp e Plínio Marcos, organizou cursos, oficinas e debates sobre a encenação e a dramaturgia contemporâneas e eventos multiartísticos. A Companhia publica, desde 2013, o caderno de estudos Contrapelo.


Um dos objetivos do grupo responde à necessidade de, simultaneamente, fazer e pensar o teatro, contribuindo para a construção de pensamento crítico a respeito da sociedade brasileira. A Companhia é formada por componentes fixos e colaboradores em diversas áreas: Fernanda Azevedo, Fernando Kinas, Daniela Embóm, Beatriz Calló, Eduardo Contrera, Luciana Fernandes, Maria Carolina Dressler, Maíra Chasseraux, Liênio Medeiros, Renan Rovida, Clóvis Inocêncio, Julio Dojcsar, Marcia Moon, Madalena Machado, Heloísa Passos, Clébio Ferreira (Dedê), Aline Santini, Luiz Gustavo Cruz, Filipe Vianna, Camila Lisboa e Marina Willer.


Os trabalhos da Companhia, contemplados por inúmeros editais públicos, foram apresentados em diversas cidades do país e participaram de vários festivais e encontros de teatro e performance (Bogotá, Los Angeles, Recife, São José do Rio Preto, Salvador, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, entre outros). O Coletivo Comum, criado em 2018, é a ampliação e a reformulação do grupo, integrando parceiros e parceiras de diferentes horizontes artísticos.

QUEM FAZ

Os Grandes Vulcões Videoteatro inspirado em Harold Pinter Roteiro, pesquisa musical e direção geral: Fernando Kinas Elenco: Fernanda Azevedo (@fernanda_azevedo1973) Assistência de direção e de produção: Beatriz Calló (@biacallo) Cenário: Julio Dojcsar (@julio.dojcsar) Figurino: Madalena Machado (camiseta: o grupo) Direção de vídeo: Thiago B. Mendonça (@thiagob.mendonca) Montagem: Thiago B. Mendonça e Murilo Morais Oliveira (@murilomom) Produção de vídeo: Renata Jardim (@rejardimjardim) Fotografia de vídeo: Gabriel Ranzani (@gabrielranza) Som direto: Rafael Gonzaga Cunha (@rafagonzagacunha) Iluminação: Clébio Ferreira (Dedê) Assistência de iluminação: Gabriele Souza Cabelo: Christian Mourelhe (@chrismourelhe) Programação visual: Camila Lisboa (@dacasa36) Fotos de divulgação e suporte técnico: Lienio Medeiros (@lieniomedeiros) Fotos still: André Murrer (@andremurrer) Produção: Daniela Embón Assessoria de imprensa: Márcia Marques - Canal aberto (@canal_aberto) Realização: Kiwi Companhia de Teatro/Coletivo Comum (@coletivocomum)

As gravações deste trabalho foram realizadas no Galpão do Folias, na cidade de São Paulo, entre 08 e 12 de abril de 2021.

PROGRAME-SE

Os Grandes Vulcões

Temporada online de 23 a 28 de abril de 2021, sexta a quarta-feira, 20h

Transmissão pelos canais do Coletivo no Facebook e no Youtube:

www.facebook.com/coletivocomum

www.youtube.com.br/kiwicompanhiadeteatrocoletivocomum

Duração: 70 min. | Classificação: 14 anos


Redes Sociais:

www.kiwiciadeteatro.com.br www.instagram.com/coletivocomum www.vimeo.com/coletivocomum

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