A Cia. Teatro do Incêndio estreia no dia 30 de julho (sábado, às 19h) o espetáculo Águas Queimam na Encruzilhada.
O enredo traz histórias de vidas entrelaçadas por um bairro que se despedaça e resiste ao tempo, preservando sua paixão por uma escola de samba. Sob o olhar delirante e atento de Seu Luiz (Gabriela Morato), uma catadora de lixo, e a presença amistosa de Wanderley (Marcelo Marcus Fonseca), um compositor da velha guarda do samba, alcoólatra, as dores e pequenas alegrias de moradoras e moradores de um bairro são apresentadas em um desfile de sonhos e perdas. A peça é uma ode à vida, tendo como pano de fundo uma escola de samba que é o ponto de convergência das personagens que trabalham de forma invisível para o carnaval. “Esta criação do Teatro do Incêndio é um desafio de linguagem que busca, entre a dramaturgia realista e o surrealismo, um mergulho no lugar mais fundo do cotidiano, traduzindo ’vidas simples’’ como poesias inconscientes”, revela o diretor Marcelo Marcus Fonseca. Ao todo, 10 personagens têm suas trajetórias contadas em uma espécie de novela dostoievskiana, em dois atos de movimentos distintos: o interior de suas casas e a rua/quadra da escola. As histórias se cruzam no cotidiano, entre elas: a cartomante enfrenta a doença do filho recém-nascido; um jovem poeta do sul do país transita pelos bares sem perspectivas; desempregados, o casal Zé e Nina carregam suas dores; a manicure esconde um grave problema de saúde e mantém-se presente na vida da comunidade; uma ex-passista vive as consequências do trauma que a afastou da escola de samba. A cenografia é composta por carrinhos irregulares que se movem pelo espaço cênico, bem próximos do chão, numa referência aos rios que correm sob a cidade com seus cursos irregulares, como o destino das personagens que habitam esse espaço, que pode ser o Bixiga ou qualquer outro lugar. “É quase o chão que se movimenta, o que muda é ao ponto de vista. Os lugares são identificados pela interpretação: casa, rua, escola de samba ou carros alegóricos”, comenta o diretor. A direção musical assinada por Renato Pereira traz nuances de uma ópera popular. A trilha sonora é executada ao vivo, com músicas compostas por Marcelo Marcus Fonseca, algumas em parcerias com Paulinho Pontes, e sambas (da velha guarda) cantados em quadras de escola. O trabalho de pesquisa e escrita do texto, inspirado no Bixiga, e a construção do espetáculo é resultado do projeto Sou Encruzilhada, Sou Porta de Entrada. Sou Correnteza da Vida, Esquina Cortada: Ave, Bixiga!, contemplado na 36ª edição da Lei de Fomento ao Teatro Para a Cidade de São Paulo, permitindo ao Teatro do Incêndio dar continuidade à sua obra e às suas ações durante a pandemia. Para conceber a peça foram realizadas ações de escuta em sete rodas de conversa com mestres e mestras da cultura tradicional, ligados ao carnaval, entre eles Fernando Penteado, Thobias da Vai-Vai, Landão, Sonia Branco, Mestre Zulu, André Machado, José Pedrosa, Gláucio Roberto e representantes da Ala das Baianas da Vai-Vai. QUEM FAZ
Texto e direção geral: Marcelo Marcus Fonseca. Elenco: Gabriela Morato, Elena Vago, Camila Rios, Francisco Silva, Almir Rosa, Marcelo Marcus Fonseca, André Souza, Cintia Chen, Yago Medeiros, Laura Nobrega, Jhenifer Delphino, Amanda Marcondes, Isabela Heloisa, Moiisés e Valcrez Siqueira. Direção de produção: Gabriela Morato. Direção musical e trilha original: Renato Pereira. Música ao vivo: Renato Pereira, Renato Silvestre, Jason Ricardo, Yago Medeiros e Rafael Mariposa. Músicas: “Minha Tese”, “Deus É Maior” e “Pra Quem Viu Subir Poeira” (Marcelo M. Fonseca e Paulinho Pontes); “Zé da Nina” e “A Máscara da Escola” (Marcelo M. Fonseca). Orientação musical - bateria de escola de samba: Alysson Bruno. Orientação de movimento: Vera Passos. Orientação vocal: Edi Montecchi. Iluminação: Rodrigo Alves “Salsicha”. Assistência de iluminação e operação de luz: Valcrez Siqueira. Figurinos: Gabriela Morato. Espaço cênico e cenografia: Gabriela Morato e Isabela Heloisa. Adereços: André Souza, Rafael Mariposa e Gabriela Morato. Confecção de figurinos, adereços e cenografia: Cia. Teatro do Incêndio. Fotos/divulgação: Arô Ribeiro e Alécio Cezar (externas). Assessoria de imprensa: Eliane Verbena. Design gráfico: Gus Oliveira. Idealização e produção: Cia. Teatro do Incêndio. Realização: Secretaria Municipal de Cultura, por meio da Lei de Fomento ao Teatro Para a Cidade de São Paulo - 36ª edição. PROGRAME-SE Espetáculo: Águas Queimam na Encruzilhada Estreia: 30 de julho de 2022 - sábado, às 19h Temporada: sábado, domingo e segunda, às 19h - Até 26/09/22 Ingressos: R$ 10,00 (inteira), R$ 5,00 (meia) e Grátis (moradores da Bela Vista com comprovante de residência). Ingressos online: www.sympla.com.br Duração: 180 min (2 atos c/ intervalo).Classificação: 14 anos. Gênero: Drama. Capacidade: 99 lugares. Teatro do Incêndio Rua Treze de Maio, 48 - Bela Vista / Bixiga. SP/SP. Espaço com acessibilidade. www.teatrodoincendio.com | @teatrodoincendio. Estacionamento conveniado: 15,00 - Rua Treze de Maio, 47.
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